Embaixador do Irã na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Reza Najafi, ao chegar para reunião de conselho na sede da entidade, em Viena (Heinz-Peter Bader/Reuters)
Da Redação
Publicado em 12 de dezembro de 2013 às 15h43.
Viena - Especialistas do Irã e de potências mundiais trabalharam pelo quarto dia nesta quinta-feira para definir como será implementado o acordo firmado no mês passado, segundo o qual os iranianos farão cortes em suas atividades nucleares e, em troca, as sanções contra o país serão aliviadas.
A duração das discussões a portas fechadas na sede da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão da Organização das Nações Unidas, em Viena, indica o quão complexa é a tarefa, e não necessariamente que haja alguma grande discordância.
Diplomatas disseram que as partes estão determinadas a assegurar que não haverá mal-entendidos na implementação do acordo provisório de 24 de novembro. É um "bom sinal" que eles estejam investindo tempo em fazer a coisa do jeito certo, afirmou um deles.
Autoridades iranianas sugeriram depois do segundo dia de negociações, na terça-feira, que progressos estavam sendo feitos, mas desde então não fizeram mais comentários. Segundo diplomatas, as discussões devem provavelmente continuar na sexta-feira e talvez se prolonguem pelo fim de semana.
Participam da reunião especialistas de Irã, Estados Unidos, China, Reino Unido, França, Alemanha, Rússia, União Europeia e da AIEA.
O acordo provisório, firmado depois de negociações em Genebra, foi visto como um avanço na tentativa de resolver o impasse de uma década sobre o programa nuclear iraniano. Há suspeitas de que o Irã tenta fabricar armas atômicas, mas o país diz que os fins do seu programa são pacíficos.
Diplomatas ocidentais afirmaram que as discussões em Viena têm como objetivo acertar detalhes não discutidos em Genebra. Esses detalhes incluem como e quando a AIEA vai fazer as vistorias, além de outros aspectos técnicos.
Diplomatas dizem que a implementação do acordo poderia começar em janeiro.