Bandeira do Irã em frente a míssil: "chegou-se a um acordo em muitos pontos, mas restam resolver um ou dois assuntos", disse porta-voz iraniana (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 7 de janeiro de 2014 às 10h05.
Teerã - O Irã e o Grupo 5+1 (China, Rússia, Estados Unidos, Alemanha, França e Reino Unido) voltarão a se reunir na quinta e na sexta-feira em Genebra para tratar da aplicação do acordo nuclear assinado em novembro e devem fixar uma data para seu cumprimento.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Marzie Afjam, disse nesta terça-feira em entrevista coletiva em Teerã que "chegou-se a um acordo em muitos pontos, mas restam resolver um ou dois assuntos".
Na quinta e na sexta-feira se voltará a negociar e, se conseguem solucionar-se esses dois pontos, então se poderá anunciar uma data para a aplicação" do Plano de Ação aprovado em Genebra.
O vice-ministro das Relações Exteriores iraniano e membro de destaque da equipe nuclear, Abbas Araqchi, manifestou hoje que na quinta-feira se reunirá na cidade suíça com sua equivalente europeia, Helga Schmid, informou a agência de notícias nacional iraniana "Irna".
Após vários encontros em Genebra (Suíça) e em Viena (Áustria) as equipes dos sete países que participam das negociações técnicas sugeriram em 20 de janeiro como data para iniciar o estipulado.
No Plano de Ação, o Irã se comprometia, entre outras questões, a paralisar seu enriquecimento de urânio acima de 5%, a dissolver a metade de suas reservas do já enriquecido a 20% e a permitir intensivas inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) a suas instalações nucleares.
As potências, em troca, se comprometeram a liberar parte dos fundos que Teerã tem congelados em contas no exterior e a levantar parcialmente algumas das sanções que asfixiam a economia iraniana.
A partir do início do cumprimento do estipulado as partes se davam um prazo de seis meses para pactuar um texto final que encerre dez anos de crise nuclear entre o Irã e a comunidade internacional, que teme que o programa atômico iraniano possa ocultar fins bélicos, o que Teerã nega.