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Irã diz que volta de restrição de viagens nos EUA é "lamentável"

Ministro de Relações Exteriores do Irã, Javad Zarif, disse que a restrição de viagens pune pessoas que nunca foram condenadas por um ato terrorista

Javad Zarif: "a restrição de muçulmanos (...) não tinha nenhuma base em fatos e não ajudaria a combater o terrorismo" (Ruben Sprich/Reuters/Reuters)

Javad Zarif: "a restrição de muçulmanos (...) não tinha nenhuma base em fatos e não ajudaria a combater o terrorismo" (Ruben Sprich/Reuters/Reuters)

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Reuters

Publicado em 27 de junho de 2017 às 10h29.

Berlim - O ministro de Relações Exteriores do Irã, Javad Zarif, disse nesta terça-feira ser lamentável que a Suprema Corte dos Estados Unidos tenha restabelecido parcialmente a restrição de viagens aos EUA imposta sobre cidadãos de seis países de maioria muçulmana, e acrescentou que a decisão pode estimular o extremismo na região.

"Nós sempre acreditamos que a restrição de muçulmanos que o presidente Trump impôs logo após assumir o governo não tinha nenhuma base em fatos e não ajudaria a combater o terrorismo", disse Zarif, chamando a decisão de "o maior presente" para grupos militantes buscando novos recrutas.

Zarif não mencionou a Arábia Saudita especificamente, mas disse que a restrição de viagens pune pessoas que nunca foram condenadas por um ato terrorista, enquanto pessoas de outros países envolvidos em ataques passados não foram afetadas.

"Para alguns, o terrorismo e o apoio ao terrorismo são medidos pela quantidade de armas que compram dos Estados Unidos e não por realmente estar envolvido em atos de terrorismo", disse Zarif, em uma aparente referência a recente aprovação da venda de 110 bilhões de dólares em armas para a Arábia Saudita, cujos cidadãos não são afetados pela restrição de viagens.

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