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Irã diz que nasce uma "nova fase" em relações com Ocidente

Ministro das Relações Exteriores do Irã disse que negociações sobre programa nuclear podem ser "o início de uma nova fase das relações" do país com Ocidente


	Bandeira do Irã: "estamos discutindo vários controles neste momento, que não incluem um novo protocolo", disse chanceler iraniano
 (Suzanne Plunkett/Reuters)

Bandeira do Irã: "estamos discutindo vários controles neste momento, que não incluem um novo protocolo", disse chanceler iraniano (Suzanne Plunkett/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2013 às 14h53.

Genebra - O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammed Yavad Zarif, afirmou nesta quarta-feira que os dois dias de negociações entre seu país e o G5+1 (Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França e China mais a Alemanha) sobre o programa nuclear de Teerã podem ser "o início de uma nova fase das relações" entre ambos os lados.

"Tivemos dois dias de consultas, extensas e úteis, que esperamos sejam o início de uma nova fase em nossas relações para fechar uma crise desnecessária e abrir novos horizontes", disse Zarif em entrevista coletiva.

Ao término da rodada de negociações, o chanceler esclareceu que agora é necessário algum tempo para o G5+1 analisar o conteúdo da proposta que o Irã fez ontem para garantir os objetivos de seu programa nuclear.

Mas o ministro afirmou que seu país não considera por enquanto permitir inspeções sem prévio aviso de especialistas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), de acordo com um protocolo adicional do Tratado de Não-Proliferação Nuclear.

"Temos restrições que precisamos resolver (para aderir ao protocolo), mas o importante agora é avançar de maneira coerente e com um enfoque equilibrado", comentou.

"Estamos discutindo vários controles neste momento, que não incluem um novo protocolo".

Zarif garantiu que "não há razões para estarem preocupados com nosso programa nuclear, não há lugar para dúvidas, mas insistimos em nosso direito de desenvolver um programa nuclear com fins pacíficos, incluindo o enriquecimento de urânio".

"Vamos avançar para demonstrar a natureza pacifica de nosso programa nuclear, no contexto do Tratado de Não-Proliferação, mas sem renunciar aos nossos direitos, pelos quais o povo iraniano tanto lutou", comentou.

Para o chanceler, o Irã viveu uma "amarga experiência" com as suspeitas do Ocidente de que suas atividades militares têm fins militares, o que levou à imposição de sanções econômicas contra o país.

Essas medidas "não foram benéficas para ninguém e não conseguiram mudar as políticas do Irã", por isso disse acreditar que haverá uma mudança de atitude a partir de agora com as negociações.

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