O embaixador do Irã à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Reza Najafi, chega para uma coletiva de imprensa em Viena (Leonhard Foeger/Reuters)
Da Redação
Publicado em 31 de dezembro de 2013 às 14h38.
Dubai - As potências mundiais e o Irã concordaram em começar a implementar no fim de janeiro um acordo obrigando a República Islâmica a suspender a parte mais sensível de seu programa nuclear, disse uma autoridade iraniana nesta terça-feira de acordo com a Press TV.
Não houve confirmação imediata do acordo pelas seis potências - Estados Unidos, Rússia, China, França, Grã-Bretanha e Alemanha - ou pela União Europeia, que supervisiona os contatos com o Irã em nome dos seis países.
O suposto acordo veio após quase 23 horas de negociações entre especialistas nucleares do Irã e das seis potências durante reuniões em Genebra na segunda-feira e nesta terça-feira.
Os sete países se reuniram várias vezes desde que chegaram a um acordo surpreendente em 24 de novembro, para resolver detalhes práticos e decidir quando o acordo seria implementado.
Um negociador nuclear iraniano, Hamid Baeidinejad, disse que uma data foi acertada nesta terça-feira.
"Com base nas conclusões (alcançadas nas) negociações realizadas com... delegações de especialistas, a implementação do acordo de Genebra terá início no terceiro (período) de dez dias de janeiro", disse Baeidinejad, de acordo com a emissora iraniana Press TV.
"Os dois lados conseguiram chegar a um entendimento sobre a implementação do acordo e, agora, os seus pontos de vista e interpretações são os mesmos", disse ele.
Um porta-voz da chefe de política externa da UE, Catherine Ashton, não fez comentários de imediato sobre o assunto.
Diplomatas ocidentais disseram no passado que 20 de janeiro era uma possível data de implementação, porque é quando chanceleres da UE voltarão a se reunir em Bruxelas e poderiam firmar acordo pela suspensão das sanções europeias.
Países ocidentais liderados pelos Estados Unidos temem que o programa nuclear iraniano tenha objetivos militares e impuseram anos de sanções contra o Irã num esforço para forçar Teerã a frear seu programa nuclear.
O Irã nega que esteja buscando construir uma bomba atômica e diz que seu programa nuclear é destinado à geração de energia e a pesquisas médicas.
Sob o acordo de 24 de novembro, o Irã vai suspender seus esforços mais sensíveis de enriquecimento de urânio e, em troca, os governos ocidentais vão aliviar algumas sanções econômicas.