Prédio do reator de uma usina nuclear no sul do Irã (Majid Asgaripour/AFP)
Da Redação
Publicado em 22 de setembro de 2014 às 18h13.
Viena - O chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, afirmou, durante conferência nesta segunda-feira, que o governo do Irã precisa se manifestar sobre as suspeitas de que estaria realizando enriquecimento de urânio para confeccionar armas nucleares.
Diplomatas tem reportado retrocessos nas negociações sobre o programa nuclear do Irã, afirmando que o país voltou a rejeitar as exigências dos EUA para redirecionar o uso de uma de suas instalação de enriquecimento de urânio.
Os EUA querem que o Irã desligue ou converta a instalação construída no interior de uma montanha, pois a sua localização a mantém protegida de ataques aéreos.
Segundo Amano, o governo iraniano implementou algumas das medidas do acordo destinado a dar à agência mais informações sobre o programa nuclear do país, mas a maioria delas foi adotada em áreas que nada têm a ver com a instalação supostamente usada para produção de armas.
O enriquecimento de urânio pode ser usado para fazer combustível para reatores e também para produzir armas nucleares.
O governo do Irã afirma que não quer produzir armas nucleares e garante que nunca trabalhou neste sentido.
O país alega que já estava discutindo a reconfiguração da instalação antes rodada atual de negociações, mas a AIEA afirmou que coletou mais de mil páginas de informações que apontam para tentativas de desenvolvimento de tais armas no Irã.