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Irã cumpre medidas de transparência estipuladas pela AIEA

Irã cumpriu todas as medidas de transparência estipuladas junto à ONU neste ano, indica agência nuclear das Nações Unidas


	Bandeira oficial do Irã: Irã também reduziu reservas de matéria nuclear mais sensíveis
 (Nick Taylor/Wikimedia Commons)

Bandeira oficial do Irã: Irã também reduziu reservas de matéria nuclear mais sensíveis (Nick Taylor/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2014 às 13h53.

Viena - O Irã cumpriu todas as medidas de transparência estipuladas junto à ONU neste ano, além de ter reduzido em mais de 80% suas reservas de matéria nuclear mais sensíveis, indicou nesta sexta-feira a agência nuclear das Nações Unidas (AIEA).

Em documento reservado, apresentado hoje em Viena, a AIEA destaca que a aplicação dessas sete medidas ajudou a organização a ter "um melhor conhecimento do programa nuclear iraniano",

Entre as medidas, destacam os controles para o reator de água pesada que está sendo construído em Arak e que, após sua conclusão, gerará plutônio, um material de duplo uso, civil e militar.

Em fevereiro, a AIEA pactuou com o Irã sete passos práticos que deviam ser adotados em meados de maio para tentar dar resposta às questões pendente sobre o polêmico programa nuclear da República Islâmica.

Esta cooperação tem o objetivo de ampliar a transparência dessas atividades nucleares para acalmar a comunidade internacional, que teme que o programa tenha uma finalidade militar, algo que as autoridades iranianas negam repetidamente.

Segundo o relatório, o Irã também entregou informações sobre as alegações dos experimentos com explosivos de alta potência, necessários para desencadear uma detonação nuclear e que estão sendo analisados pelos especialistas das Nações Unidas, precisa o documento sem apresentar mais detalhes.

Em todo caso, a AIEA assegura que é a primeira vez que Teerã entrega informação sobre este assunto desde 2008.

Nesse sentido, o órgão pede ao Irã seguir cooperando e permitir que os inspetores internacionais tenham acessos aos centros militares, como a base de Parchin, para pôr fim às dúvidas restantes.

"A agência está preocupada pela possível existência de atividades nucleares secretas (...) incluídas atividades relacionadas com o desenvolvimento de uma carga nuclear para um míssil", assinalou o relatório.

Por outra parte, o Irã também reduziu em mais de 80% suas reservas nucleares mais sensíveis - as de urânio enriquecido a 20% - ao aplicar um pacto histórico alcançado com as grandes potências em novembro do ano passado, indicou o documento.

Nos últimos quatro meses, o Irã diluiu ou transformou em óxido, que serve como combustível para reatores, mais de 170 quilos de urânio enriquecido a 20%, dos 209 quilos que possuía quando o acordo com as potências foi assinado.

O urânio necessário para alimentar uma bomba atômica requer de uma pureza de 90%.

A AIEA, que tem o papel de ver se o acordo entre Irã e o denominado grupo 5+1 (EUA, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha) está sendo respeitado, confirmou que Teerã está atendendo as exigências do pacto de frear seu programa nuclear.

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