O ministro do Petróleo do Irã, Bijam Namdar Zangeneh: "estamos falando com algumas companhias internacionais para o período após as sanções", disse (Heinz-Peter Bader/Reuters)
Da Redação
Publicado em 4 de dezembro de 2013 às 10h16.
Viena - O Irã afirmou nesta quarta-feira em Viena que após as sanções contra seu setor petrolífero serem retiradas todas as companhias internacionais, inclusive americanas, são bem-vindas para investir em projetos país asiático.
"Estamos falando com algumas companhias internacionais para o período após as sanções, para um novo marco de contratos", disse aos jornalistas o ministro do Petróleo do Irã, Bijam Namdar Zangeneh, que participa em Viena da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
Entre as petrolíferas que espera que invistam no país citou a francesa Total, a italiana ENI, a norueguesa Statoil, a britânico-holandesa Shell e as americanas Exxonmobil e Chevron.
"Já estou falando com algumas destas companhias", acrescentou o ministro iraniano. Zangeneh disse que não falou com nenhuma companhia americana até o momento, mas ressaltou que seu país não impõe "limitações para companhias dos Estados Unidos há 20 anos".
As restrições são impostas pelo governo americano, não pela parte iraniana, defendeu.
Perguntado se gostaria de ver companhias dos EUA investirem no Irã, o ministro respondeu: "sim, claro".
Zangeneh afirmou que espera que, graças ao acordo nuclear conseguido recentemente entre seu país e seis grandes potências internacionais sobre o programa nuclear de Teerã, retirem-se as sanções internacionais sobre o setor e aumentem as exportações.
As sanções do Conselho de Segurança da ONU e as impostas unilateralmente pelos EUA e a União Europeia deixaram as vendas internacionais do petróleo iraniano "em cerca de um milhão de barris diários (mbd)", segundo o ministro, frente aos 2,5 mbd de antes.
Zangeneh declarou que o Irã, após a retirada das sanções, pode chegar a produzir no final de 2014 quatro milhões de barris diários.