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Irã condena tio de Mahsa Amini a mais de cinco anos de prisão

Safa Aeli, de 30 anos, foi condenado a cinco anos e quatro meses de prisão pelo tribunal revolucionário da cidade de Saqqez

Aeli é tio de Mahsa Amini, uma jovem iraniana curda de 22 anos morta em setembro de 2022 (Ameer Alhalbi/Getty Images)

Aeli é tio de Mahsa Amini, uma jovem iraniana curda de 22 anos morta em setembro de 2022 (Ameer Alhalbi/Getty Images)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 13 de fevereiro de 2024 às 16h24.

As autoridades do Irã condenaram o tio da jovem Mahsa Amini — cuja morte sob custódia policial provocou protestos em 2022 — a mais de cinco anos de prisão, acusado por críticas e propaganda contra o governo, informaram grupos de direitos humanos nesta terça-feira.

Safa Aeli, de 30 anos, foi condenado a cinco anos e quatro meses de prisão pelo tribunal revolucionário da cidade de Saqqez, no noroeste do Irã, região natal de sua família, anunciaram as organizações Hengaw e Human Rights Activists News Agency (HRANA).

Citando o advogado da família, Saleh Nikbakht, o grupo HRANA informou que parte desta pena está suspensa e que Safa Aeli deverá cumprir um total de três anos e seis meses de reclusão. As acusações contra ele incluem participação em manifestações para perturbar a segurança interna, disseminação de propaganda antigovernamental e insultos ao líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei.

Aeli é tio de Mahsa Amini, uma jovem iraniana curda de 22 anos morta em setembro de 2022, três dias após ter sido presa pela polícia da moral por supostamente violar o rígido código de vestimenta do país. O incidente gerou uma grande onda de protestos no Irã.

Sua família e ativistas dos direitos humanos afirmam que ela foi espancada até a morte, o que as autoridades negam.

As manifestações, que duraram várias semanas, foram dissolvidas por meio da repressão, levando à morte de centenas de pessoas e a milhares de detenções, segundo a ONU e outras ONGs.

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