Irã: o porta-voz iraniano chamou de "terrorismo econômico" as sanções dos EUA (Iranian Presidency / Handout/Anadolu Agency/Getty Images)
EFE
Publicado em 8 de junho de 2019 às 12h14.
Teerã — O governo do Irã, neste sábado, condenou com veemência as novas sanções impostas por parte do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos contra grupos petroquímicos iranianos e pediu ao mundo que reaja.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Abbas Musavi, disse em um comunicado que a medida é uma mostra do "terrorismo econômico" que, segundo ele, é uma continuação das "hostilidades da Casa Branca contra o Irã".
Musavi acrescentou que "o mundo deve reagir à flagrante violação dos princípios básicos do direito internacional pelos Estados Unidos através de sanções".
Além disso, ele reiterou que a política de pressão contra a República Islâmica é "fracassada" e em referência à proposta dos EUA mencionada na semana passada de manter um diálogo com o Irã, e afirmou que "levou apenas uma semana de paciência para que seja aprovado que a reivindicação do presidente dos EUA de negociar com o Irã é absurda".
"É um caminho errado, o governo dos Estados Unidos pode ter certeza de que não atingirá nenhum dos objetivos estabelecidos para essa política", reiterou o porta-voz.
O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos sancionou ontem o maior grupo petrolífero do Irã e uma rede de 39 companhias subsidiárias nacionais e estrangeiras, responsáveis, segundo Washington, por 50% das exportações de petróleo iraniano.
Em comunicado, o Tesouro americano acusou o grupo empresarial Persian Gulf Petrochemical Industries Company (PGPIC) de "apoio financeiro às atividades da Guarda Revolucionária iraniana", designada como terrorista pelos EUA em abril.
O conjunto de companhias sancionadas somam 40% de toda a produção de petróleo no Irã e acumula uma presença multimilionária no país derivada de outros negócios, como construção, aviação e defesa, indicou a nota do governo americano.