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Irã afirma que não precisa pedir 'permissão' para fortalecer laços com Rússia

Em 9 de dezembro, a Casa Branca alertou para uma "associação militar em larga escala" cada vez mais profunda entre Teerã e Moscou

O Irã reconheceu que havia fornecido drones a Moscou (Sir Francis Canker Photography/Getty Images)

O Irã reconheceu que havia fornecido drones a Moscou (Sir Francis Canker Photography/Getty Images)

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AFP

Publicado em 18 de dezembro de 2022 às 19h06.

O Irã afirmou, neste domingo, 18, que não precisa da "permissão" de ninguém para desenvolver suas relações com a Rússia, depois que os Estados Unidos manifestaram alerta pelo que consideram uma "associação militar em larga escala" entre Teerã e Moscou.

"A República Islâmica do Irã, conforme os seus interesses nacionais [...] atua de forma independente na gestão de suas relações exteriores e não pede permissão a ninguém para isso", declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Nasser Kanani, em comunicado.

A Ucrânia e os países ocidentais que a apoiam acusam a Rússia de utilizar drones de fabricação iraniana em seus ataques na Ucrânia. O Irã reconheceu que havia fornecido drones a Moscou, mas garantiu que essas entregas ocorreram antes da ofensiva na ex-república soviética, embora isto tenha lhe rendido uma série de sanções ocidentais.

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Em 9 de dezembro, a Casa Branca alertou para uma "associação militar em larga escala" cada vez mais profunda entre Teerã e Moscou.

John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional do governo americano, indicou que, em troca do fornecimento de drones, a Rússia estava "oferecendo ao Irã um nível de apoio militar e técnico sem precedentes", o que, segundo ele, "transforma sua relação em uma associação de defesa plena".

Uma colaboração "nefasta" para a Ucrânia, os países vizinhos de Irã e "a comunidade internacional", segundo Washington.

"A cooperação entre Irã e Rússia em diversos âmbitos, incluída a cooperação em matéria de defesa, se desenvolve com base em interesses comuns [...] e não é contra nenhum terceiro país", afirmou Kanani, que considerou os comentários de Kirby "parte da guerra de propaganda americana contra o Irã".

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