Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Washington. (Leah Millis/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 4 de junho de 2018 às 11h11.
São Paulo - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira possuir o "direito absoluto" de conceder um perdão presidencial a si mesmo na hipótese de a investigação do conselheiro especial Robert Mueller implicá-lo em práticas irregulares, como a de obstrução de justiça, no caso sobre interferência da Rússia nas eleições americanas de 2016.
"Assim como foi constatado por numerosos juristas, tenho o direito absoluto de PERDOAR a mim mesmo, mas por que eu faria isso se eu não fiz nada de errado? Enquanto isso, a caça às bruxas sem fim, liderada por 13 democratas muito raivosos e conflituosos (& outros), continua eleições legislativas adentro!", escreveu Trump em sua conta no Twitter, referindo-se à apuração conduzida por Mueller.
As has been stated by numerous legal scholars, I have the absolute right to PARDON myself, but why would I do that when I have done nothing wrong? In the meantime, the never ending Witch Hunt, led by 13 very Angry and Conflicted Democrats (& others) continues into the mid-terms!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) June 4, 2018
No domingo, Rudy Giuliani, um dos advogados de Trump, disse que o presidente poderia legalmente conceder um perdão a si mesmo. "Não há nada que limite o poder presidencial de perdão por um crime federal", ele alegou, acrescentando, contudo, que esse cenário seria "impensável" e "levaria a provavelmente um impeachment imediato".
Embora Trump não tenha sido acusado, especula-se sobre as intenções do procurador que investiga a trama russa, Robert Mueller, caso sejam encontradas provas contra o presidente. Mais precisamente, os rumores apontam que Mueller poderia atribuir um crime de obstrução à Justiça.
O presidente vem questionando insistentemente o trabalho de Mueller, que há um ano que investiga a suposta interferência da Rússia nas eleições presidenciais de 2016, bem como a ligação entre a campanha republicana e oficiais russos. Para Trump, no entanto, tudo não passa de "caça às bruxas".