Todos os 50 Boeings 787 em operação estão em solo, enquanto os órgãos reguladores e a Boeing investigam o problema (Paul Joseph Brown/AFP)
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.
Tóquio - Uma investigação sobre a bateria de íon de lítio que superaqueceram em um voo do Boeing 787 no Japão no mês passado encontrou evidência do mesmo tipo de "fuga térmica" observada em um incidente similar em Boston, afirmaram fontes nesta terça-feira.
O Conselho para a Segurança nos Transportes do Japão (JTSB, na sigla em inglês) disse que tomografias computadorizadas e outras análises encontraram danos em todas as oito células da bateria que superaqueceu na aeronave 787 da All Nippon Airways (ANA) no dia 6 de janeiro, que provocou um pouso emergencial e investigações dos órgãos reguladores de segurança de aviação nos EUA e no Japão.
Eles também encontraram sinais de curto-circuito e "fuga térmica", uma reação química na qual o aumento da temperatura provoca temperaturas progressivamente mais altas. Os investigadores dos EUA encontraram evidência similar na bateria que pegou fogo no mês passado em um 787 da Japan Airlines estacionado em Boston.
Fotos distribuídas por investigadores japoneses mostraram carbonização severa de seis das oito células de bateria do 787 da All Nippon Airways e um fio desgastado e quebrado - destinado a minimizar o risco de choque elétrico.
Todos os 50 Boeings 787 em operação estão em solo, enquanto os órgãos reguladores e a Boeing investigam o problema. A investigação japonesa está concentrada sobre dados de registro de voos e no carregador e outros sistemas elétricos ligados à bateria danificada.
As baterias de íon de lítio são mais suscetíveis de pegarem fogo quando superaquecem, ou ocorre um curto-circuito, em comparação com outros tipos de baterias. A Boeing incorporou salvaguardas para ganhar certificação de segurança para o uso de baterias relativamente leves e poderosas para abastecer vários sistemas elétricos no 787, o primeiro avião do mundo feito principalmente de materiais compostos.
Investigadores disseram mais cedo que eles não encontraram evidências de problemas de qualidade com a produção das baterias do 787 na GS Yuasa, fornecedora das baterias que é baseada Kyoto, no Japão, e cujas ambições aeroespaciais estão em jogo. As informações são da Associated Press.