O presidente da Fifa, Joseph Blatter: "esse é um momento complicado para o futebol, os torcedores e a Fifa como organização" (Kirill Kudryavtsev/AFP)
Da Redação
Publicado em 27 de maio de 2015 às 20h07.
Após a prisão de sete dirigentes envolvidos em um grande escândalo de corrupção, o presidente da FIFA, Joseph Blatter, afirmou nesta quarta-feira que esse tipo de má conduta não tem espaço no futebol e que as investigações começaram depois de um dossiê da própria entidade.
"Enquanto muitos estão frustrados com o ritmo da mudança, eu gostaria de frisar as medidas que tomamos e que continuaremos a tomar. De fato, essas ações tomadas pelo Escritório da Procuradoria Geral da Suíça foram iniciadas depois que nós apresentamos um relatório às autoridades suíças final do ano passado", explicou Blatter em comunicado divulgado no site da entidade.
"Esse é um momento complicado para o futebol, os torcedores e a FIFA como organização. Compreendemos a decepção que muitos expressaram e eu sei que esses fatos de hoje terão um grande impacto no na imagem que as pessoas têm de nós", afirmou o suíço.
"É preciso deixar claro que nós damos boas-vindas às ações e as investigações feitas pelas autoridades dos Estados Unidos e da Suíça e acreditamos que isso ajudará a reforçar as medidas que a FIFA já tomou para arrancar pela raiz qualquer transgressão no futebol".
"Permitam-me ser claro: essas más condutas não têm espaço no futebol e nos asseguraremos que os que participam delas sejam colocados para fora do jogo. Após os fatos de hoje, o Comitê Independente de Ética - que está no meio de seus próprios procedimentos em relação aos Mundiais de 2018 e 2002 - tomou medidas rápidas para banir provisoriamente as pessoas acusadas por atividades relacionadas com o futebol, tanto em nível nacional como internacional. Essas ações são similares às tomadas pela FIFA durante o último ano para excluir qualquer membro que viole nosso próprio Código de Ética", completou Blatter.
"Continuaremos trabalhando com as autoridades e com vigor dentro da FIFA para desenraizar qualquer má conduta, recuperando a confiança e garantindo que o futebol no mundo todo está livre de transgressões", concluiu o presidente da entidade, que não teve seu nome envolvido no escândalo.