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Investigação apura financiamento da campanha de Sarkozy

O escândalo envolve a bilionária Lilliane Bettencourt, acusada de dar dinheiro a políticos da direita

Sarkozy: o Palácio do Eliseu insistiu em lembrar que o financiamento da campanha do atual chefe de Estado foi alvo de auditoria oficial e que as contas estão claras (Sean Gallup/Getty Images)

Sarkozy: o Palácio do Eliseu insistiu em lembrar que o financiamento da campanha do atual chefe de Estado foi alvo de auditoria oficial e que as contas estão claras (Sean Gallup/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2012 às 13h25.

Paris - Um juiz de Bordeaux (sudoeste francês) investiga o financiamento da campanha em 2007 do presidente da França, Nicolas Sarkozy, em relação ao escândalo que envolve a bilionária Lilliane Bettencourt, acusada de dar dinheiro a políticos da direita.

O magistrado Jean-Michel Gentil solicitou os documentos contábeis da campanha de Sarkozy à Comissão Nacional de Contas da Campanha, de acordo com a informação revelada pela rede de televisão 'France 2' e pelo jornal 'Sud Ouest'.

A antiga contadora de Lilliane, Claire Thibout, confirmou a entrega de 50 mil euros ao administrador da fortuna da milionária herdeira da L'Oréal, Patrice de Maistre, como relatou a imprensa.

Segundo o relato de Thibout, De Maistre havia dado a entender que esse dinheiro seria entregue ao então tesoureiro da campanha de Sarkozy, o ex-ministro Eric Woerth.

O gestor da fortuna de Lilliane se reuniu em diversas ocasiões com Woerth, ministro do Orçamento e responsável da política fiscal.

De Maistre, que contratou a mulher do ex-ministro como assistente, foi condecorado por ele com a Legião de Honra e acusado de abusar da senilidade de Lilliane, por cumplicidade em abuso de confiança, estelionato agravado pela situação de fragilidade de sua chefe e, ainda, lavagem de dinheiro.

O 'Sud Ouest' informou que o juiz instrutor, que tem intenção de examinar em detalhes os documentos sobre o financiamento da campanha do atual presidente da França, vai tomar em breve declaração de Woerth, quem teve de renunciar quando dados de suas relações com Lilliane, acusada de fraude fiscal, vazaram a imprensa.

Na terça-feira, em uma primeira reação às denúncias da 'France 2', o Palácio do Eliseu insistiu em lembrar que o financiamento da campanha do atual chefe de Estado foi alvo de auditoria oficial e que as contas estão claras

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