País tem o privilégio de receber grande incidência solar durante a maior parte do ano. Entretanto, o aproveitamento dessa fonte de energia ainda é muito pequeno no país (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 3 de novembro de 2011 às 16h31.
São Paulo - O Brasil possui a quarta tarifa de energia mais cara do mundo de acordo com estudo divulgado recentemente pela Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro). Segundo a pesquisa, o valor médio pago no país é de R$ 329,00 por MWh, ficando atrás somente de Itália, Turquia e República Tcheca e bem acima da média mundial que é de R$ 215,50 por MWh, segundo o levantamento.
Uma forma de reduzir os gastos com energia em indústrias é através de fontes alternativas. O Brasil tem o privilégio de receber grande incidência solar durante a maior parte do ano. Entretanto, o aproveitamento dessa fonte de energia ainda é muito pequeno no país. Por seu grande potencial, o calor emitido pelo sol pode ser convertido em energia elétrica por meio do inversor solar.
“Esse sistema capta a luz do sol através de placas fotovoltaicas, que são constituídas de silício e transferem o calor para um módulo de inversão que transforma a energia contínua captada pelos painéis em energia alternada que fica armazenada em baterias”, explica o engenheiro da Lacerda Sistemas, Thiago Matsumoto.
Atualmente, devido ao seu custo, ele é implantado em escala industrial e em comunidades afastadas onde a energia elétrica não está instalada. “A tendência é que ocorra crescimento nos mais variados espaços em um futuro próximo”, explica o engenheiro.
A empresa fornece o equipamento ao mercado para aplicações em escala industrial. Como ainda não existem regras específicas sobre a produção de energia por consumidores, todos os projetos são desenvolvidos de forma a evitar o excesso da geração de energia. “A devolução de energia à rede da concessionária pode ocasionar multas ao consumidor, por isso, realizamos um estudo para que o sistema implantado atenda as necessidades da empresa sem gerar excedentes”, explica Matsumoto.