Coalizão liderada pelos EUA: replicar este trabalho conjunto, segundo o secretário-geral, "melhoraria drasticamente o êxito das investigações" (Aris Messinis/AFP)
Da Redação
Publicado em 22 de julho de 2016 às 10h59.
Paris - A Interpol se somou à coalizão internacional que luta contra o "fluxo de combatentes terroristas estrangeiros e o financiamento do Estado Islâmico (EI)", informou nesta sexta-feira a organização internacional de polícia.
"Intercambiar informação com a Interpol significa estender o perímetro de toda segurança nacional", disse em comunicado o secretário-geral da Interpol, Jürgen Stock, instituição que atuará como "catalisadora" em um esforço conjunto "para resistir ao terrorismo".
Stock, que participou da reunião ministerial de luta contra o EI realizada ontem em Washington, lembrou que graças à colaboração já existente entre Interpol e o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, foram obtidas "pistas da investigação de valor incalculável".
Replicar este trabalho conjunto, segundo o secretário-geral, "melhoraria drasticamente o êxito das investigações" já que os esforços de aplicação da legislação são detidos às portas da zona de conflito "com muita frequência".
Por isso, apontou como passo fundamental "construir uma ponte" entre a zona de conflito, onde se encontra o núcleo do EI, e outros lugares sujeitos à aplicação de suas respectivas legislações, onde a organização radicaliza e combate.
Atualmente, a Interpol põe à disposição de seus membros uma base de dados com informação acerca de mais de 7.500 combatentes terroristas estrangeiros apresentada por cerca de 60 países. Isso sem contar com os milhares de expedientes adicionais que a organização utiliza com fins analíticos para proporcionar pistas à polícia no mundo todo.
Criada em setembro de 2014, esta coalizão internacional conta com 66 parceiros e cinco linhas de ação, três delas agora apoiadas pela Interpol. "Dificultar o fluxo de combatentes estrangeiros, deter o financiamento do EI e expor sua verdadeira natureza".