Cópia do passaporte sul-africano falso de Samantha Lewthwaite, também conhecida como viúva branca (Kenyan Police Service/Divulgação via Reuters)
Da Redação
Publicado em 26 de setembro de 2013 às 20h14.
Paris - A Interpol emitiu nesta quinta-feira um alerta de busca internacional para Samantha Lewthwaite, cidadã britânica conhecida como "Viúva Branca", sem mencionar suspeitas de seu envolvimento no ataque a um shopping center na capital do Quênia, Nairóbi.
O anúncio da Interpol, chamado "alerta vermelho", diz que Lewthwaite, de 29 anos, é procurada pelo Quênia por acusações de posse de explosivos e conspiração para cometer um crime em dezembro de 2011.
O diretor do Departamento de Investigação Criminal do Quênia, Ndegwa Muhoro, disse que o pedido do país pelo alerta vermelho para Samantha Lewthwaite não está relacionado com o ataque de militantes islâmicos do grupo somali Al Shabaab ao shopping Westgate, em Nairóbi, que deixou pelo menos 72 pessoas mortas.
"O 'alerta vermelho' não tem nada a ver com Westgate. Seu papel neste ataque ainda está para ser confirmado, mas ela é procurada sob a acusação de posse de explosivos e conspiração para cometer um crime", afirmou Muhoro à Reuters.
Lewthwaite, que também acredita-se usar o nome 'Natalie Webb', é viúva de Germaine Lindsay, um dos homens-bomba islâmicos que atacaram o transporte público de Londres em 2005, e suspeita-se que tenha deixado a Grã-Bretanha há muitos anos.
O ministro do Interior da África do Sul, Naledi Pandor, disse em uma entrevista coletiva em Pretória nesta quinta-feira que Lewthwaite entrou na África do Sul em julho de 2008 com um passaporte ilegal que foi usado pela última vez em fevereiro de 2011.
Ela é procurada em conexão com um suposto plano para atacar hotéis de luxo e restaurantes no Quênia.
A polícia britânica apontou Lewthwaite como uma possível suspeita pelo ataque ao shopping center em Nairóbi por islâmicos do movimento somali Al Shabaab.
Algumas testemunhas disseram que mulheres estavam entre os militantes envolvidos no ataque ao shopping. Mas o Al Shabaab negou em sua conta no Twiter utilizar "irmãs" em suas operações militares.