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Integrante presa de banda Pussy Riot inicia greve de fome

Nadezhda Tolokonnikova foi condenada a 2 anos de prisão em agosto de 2012 depois de ter realizado um protesto em uma catedral de Moscou


	Manifestantes em protesto pela libertação da banda Pussy Riot: "a partir de 23 de setembro, eu vou começar uma greve de fome e me recusarei a participar do trabalho escravo na colônia", disse integrante
 (Sean Gallup/Getty Images)

Manifestantes em protesto pela libertação da banda Pussy Riot: "a partir de 23 de setembro, eu vou começar uma greve de fome e me recusarei a participar do trabalho escravo na colônia", disse integrante (Sean Gallup/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2013 às 13h41.

Moscou - Uma integrante da banda russa Pussy Riot, que está presa, afirmou nesta segunda-feira que vai começar uma greve de fome contra o "trabalho escravo" ao qual é submetida na colônia penal em que está e onde também disse ter sido ameaçada de morte por um funcionário da prisão.

Nadezhda Tolokonnikova foi condenada a 2 anos de prisão em agosto de 2012 depois de ter realizado um protesto em uma catedral de Moscou, que a banda chamou de "oração punk", contra o presidente Vladimir Putin em meio a manifestações de rua contra o governo.

"A partir de 23 de setembro, eu vou começar uma greve de fome e me recusarei a participar do trabalho escravo na colônia", escreveu Tolokonnikova em uma carta que foi divulgada pelo marido, Pyotr Verzilov.

"Eu vou fazer isto até que a administração obedeça a lei e pare de tratar as mulheres encarceradas como gado", escreveu.

Nadezhda Tolokonnikova está na colônia penal No. 14, na região da Mordóvia, sudeste de Moscou. Ela afirmou que as detentas são forçadas a trabalhar até 17 horas por dia, costurando uniformes policias.

Segundo a integrante da banda, elas não dormem mais de quarto horas por noite e os agentes prisionais usam detentas mais antigas para colocar ordem em um sistema que é uma reminiscência da Gulag, sistema penal de trabalho forçado da antiga União Soviética.

"Suas mãos são furadas pelas agulhas e cobertas de arranhões, o sangue fica espalhado por toda a mesa de trabalho, mas mesmo assim você continua costurando", escreveu.


As autoridades carcerárias da região da Mordóvia acusaram Verzilov e a advogada de Tolokonnikova, Irina Khrunova, de chantagem e de tentar pressionar a colônia penal a dar um tratamento especial à integrante da banda.

Nadezhda deve ser libertada em março, bem como sua colega da banda Maria Alyokhina. Uma outra integrante do grupo teve a sentença suspensa.

Ela já havia feito greve de fome este ano, depois que autoridades não a deixaram participar de uma audiência. Nadezhda teve de ser internada no fim de maio e encerrou o protesto dias depois que autoridades prisionais aceitaram as demandas dela, disse Verzilov.

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