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Insurgentes e exército sírio lutam por controle de heliporto

No começo da manhã, um grupo de insurgentes independentes lançou um ataque contra o heliporto

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2012 às 18h56.

Cairo - Os combates entre os rebeldes sírios e as forças do regime chegaram nesta quarta-feira a um dos maiores heliportos militares do país, o de Taftanaz, na província de Idleb, cujas instalações sofreram bombardeios intensos.

No começo da manhã, um grupo de insurgentes independentes lançou um ataque contra o heliporto, usado pelas tropas do governo, segundo a oposição, como base para bombardear as áreas de Idleb e Hama.

Um dos responsáveis pelo ataque, Abul Hassan, relatou à Agência Efe por telefone que as chamadas ''Brigadas dos Livres de Sham'' atacaram a base militar com artilharia média e pesada, além de bombas.

Durante a ofensiva, os combatentes da brigada destruíram entre sete e dez helicópteros dos 48 do heliporto e danificaram os outros equipamentos, explicou o dirigente insurgente.

Abul Hassan lamentou que no ataque tenham morrido três rebeldes e outros quatro tenham se ferido, o que forçou seus homens a se retirar da região antes de sofrer mais perdas.

''É um golpe forte para o exército sírio, que precisará de tempo para se recuperar'', considerou o líder rebelde.

Por sua vez, o ativista Abu Hussein, morador de Idleb, explicou à Efe via internet que cerca de 70% das instalações do heliporto ficaram destruídas ou danificadas.

O suposto golpe foi negado pelas autoridades sírias, que afirmaram que suas forças evitaram ''um ataque terrorista'' contra Taftanaz, que não causou destroços em nenhum equipamento.

Uma fonte militar do alto escalão, citada pela agência de notícias oficial síria, ''Sana'', afirmou que dois soldados do regime ficaram levemente feridos e que os soldados governamentais causaram ''um grande número'' de baixas entre os rebeldes.


Para o regime de Damasco, a agressão aconteceu ''em meio à guerra lançada pelos inimigos da Síria para abater o moral dos soldados''.

Estas informações não puderam ser verificadas de forma independente devido às restrições impostas pelo regime de Damasco ao trabalho dos jornalistas.

As autoridades sírias intensificaram nos últimos dias os bombardeios com helicópteros e artilharia em Idleb e outras províncias vizinhas, nas quais há amplas regiões controladas pelos rebeldes.

Sobre os ataques, Abu Hussein explicou à Efe que helicópteros do regime bombardearam várias aldeias da área de Jabal al Zawiyah e a cidade de Maaret al Numan.

Enquanto isso, na área de Ariha, castigada há dias, os rebeldes conseguiram tomar vários postos de controle das tropas sírias, segundo o ativista, que apontou que um deles é de ''grande valor estratégico por estar situado em uma região íngreme''.

Estes pontos militares, situados aos arredores das cidades e nas estradas, contam em geral - detalhou Abu Hussein - com dezenas de soldados e vários tanques e blindados.

De acordo com o ativista, na província de Idleb há áreas ''liberadas'' e outras ainda ocupadas pelas tropas de Damasco, que recorrem a bombardeios aéreos e a ataques com artilharia que está há muito tempo nos arredores das cidades.

Devido ao aumento da violência no norte do país, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) advertiu ontem sobre o aumento do fluxo de refugiados sírios à Turquia, que passou de 500 pessoas ao dia para uma média de 5 mil nas duas últimas semanas.


Por isso, o ministro de Relações Exteriores turco, Ahmet Davutoglu, pediu hoje à ONU que aborde a criação de uma zona de segurança na Síria para atender os refugiados que fogem do conflito.

Os bombardeios e os combates entre os dois bandos também abateram hoje outras regiões da Síria, especialmente Damasco e as localidades de sua periferia, segundo os grupos opositores, que elevaram o número de vítimas mortais em todo o país para mais de 80.

Os municípios dos arredores da capital mais afetados pelos ataques do regime com bombas e artilharia foram Irbin, Zabadani, Kafrbatna, Duma e Guta al Sharquiya.

Os combates acontecem paralelamente às recentes declarações do presidente do país, Bashar al Assad, que em uma entrevista à televisão síria ''Al Dunia'' assegurou que suas tropas estão avançando na ''guerra regional e internacional'' que a Síria enfrenta.

Na entrevista, que teve alguns trechos antecipados ontem à noite e que será transmitida hoje na íntegra, Assad diz que a situação ''melhorou, ainda não acabou''. 

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