Pró-russo armado em Slaviansk: "nunca vimos um bombardeio tão forte", disse testemunha (REUTERS/Maxim Zmeyev)
Da Redação
Publicado em 3 de junho de 2014 às 09h55.
Moscou - Os pró-Rússia da cidade de Slaviansk, palco de sangrentos combates entre as tropas ucranianas e os separatistas, afirmaram nesta segunda-feira que derrubaram um caça, um helicóptero e que destruíram vários blindados da infantaria pesada do exército.
"Derrubamos um caça SEU-25 (Sukhoi) do exército ucraniano. Também destruímos um helicóptero, vários tanques e um veículo blindado das tropas", afirmou o "prefeito" autoproclamado da cidade, Viacheslav Ponomariov, à agência russa "Interfax".
Além disso, Ponomariov relatou que um total de oito helicópteros está sobrevoando neste momento a cidade, enquanto um deles também pode ser visto no céu sobre a vizinha cidade de Cherevkovka.
O prefeito autoproclamado acrescentou que a Guarda Nacional ucraniana está impedindo de deixar a cidade um ônibus com cerca de 80 crianças a bordo.
Outra fonte dos pró-Moscou também informou à agência "RIA Novosti" sobre a queda do helicóptero Mi-24, mas ainda não confirmou que um avião tenha sido abatido.
"Nunca vimos um bombardeio tão forte", disse à agência uma das testemunhas dos combates que acontecem hoje como parte da operação antiterrorista lançada pelas autoridades de Kiev para retomar o controle das rebeldes regiões pró-Rússia de Lugansk e Donetsk.
Desde o início da operação, os insurgentes derrubaram ao todo sete helicópteros das tropas ucranianas.
O exército ucraniano iniciou nesta madrugada uma ofensiva contra Slaviansk, sobre a qual avançam várias colunas de tanques e veículos blindados em meio a uma intensa troca de tiros entre as forças governamentais e insurgentes pró-Rússia.
Segundo o ministro do Interior, Arsén Avakov, as tropas ucranianas destruíram vários pontos de controle e fortificações levantadas pelos milicianos nos acessos à cidade, bastião da rebelião pró-russa no sudeste da Ucrânia.
Avakov pediu aos moradores de Slaviansk e das vizinhas Kramatorsk e Krasni Limán, outros dois bastiões dos pró-Rússia, que não saiam de suas casas para que suas vidas não corram risco e que "não se aproximem das posições onde se concentram os terroristas", como chamam em Kiev os insurgentes.
Os combates entre o exército ucraniano e os separatistas continuam com especial violência há uma semana, quando o governo de Kiev relançou a operação antiterrorista horas depois que terminassem as eleições presidenciais em que o magnata do chocolate Petro Poroshenko se proclamou vencedor.