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Insurgentes destituem prefeito rebelde de Slaviansk

Os dirigentes da autoproclamada república popular de Donetsk destituíram o prefeito da cidade ucraniana de Slaviansk


	Forças ucranianas em Slaviansk: área é uma das mais irredutíveis fortificações pró-Rússia
 (REUTERS/Baz Ratner)

Forças ucranianas em Slaviansk: área é uma das mais irredutíveis fortificações pró-Rússia (REUTERS/Baz Ratner)

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Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2014 às 14h55.

Moscou - Os dirigentes da autoproclamada "república popular de Donetsk" destituíram nesta terça-feira o prefeito da cidade ucraniana de Slaviansk, uma das mais irredutíveis fortificações pró-Rússia da região de Donetsk (leste).

"O conhecido como prefeito popular de Slaviansk, Viacheslav Ponomariov, foi substituído por atividades irreconciliáveis com as tarefas de uma administração civil", assegurou Igor Strelkov, "ministro da Defesa" separatista, citado pelas agências russas.

Ponomariov, um dos caudilhos rebeldes mais conhecidos, estaria agora detido no edifício do quartel-general dos insurgentes de Slaviansk.

Em várias ocasiões, Strelkov acusou o prefeito de abuso de poder e inclusive ordenou fuzilar dois de seus guarda-costas por saque de lojas locais.

O chefe do Soviete Supremo e líder da "república popular de Donetsk", Denis Pushilin, disse não saber os motivos da destituição de Ponomariov.

O prefeito de Slaviansk, que rejeitou os acordos de Genebra para a solução pacífico do conflito separatista no sudeste da Ucrânia, reconheceu no início de maio que os rebeldes retinham seis observadores militares europeus na cidade sob acusações de espionagem, embora depois tenham sido libertados.

O porta-voz da operação antiterrorista lançada pelas forças governamentais, Vladislav Selezniov, assegurou hoje que entre os milicianos há divergências e inclusive enfrentamentos violentos que têm aterrorizado a população civil da zona.

O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, deu hoje o primeiro passo para a solução pacífica do conflito ao ordenar a criação de corredores humanitários para que os civis que o desejem possam abandonar as zonas de combate.

A criação de corredores humanitários era uma das exigências de Moscou, que assegurou que a Ucrânia, a Rússia e a OSCE acordaram já a ordem e as prioridades à hora de aplicar o plano de paz que Poroshenko apresentou ao presidente russo, Vladimir Putin, na sexta-feira passada na Normandia (França).

No entanto, por enquanto, não há notícias sobre o cessar-fogo que Poroshenko adiantou que poderia ser declarado nesta mesma semana. 

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