Donald Trump: a ordem pode minar os esforços de Trump para atacar Hillary por meio da Fundação Clinton (Lucas Jackson/Reuters)
Da Redação
Publicado em 3 de outubro de 2016 às 16h47.
Washington - O procurador-geral de <a href="https://exame.com.br/topicos/nova-york"><strong>Nova York</strong></a> ordenou que a instituição de caridade do candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, <a href="https://exame.com.br/topicos/donald-trump"><strong>Donald Trump</strong></a>, pare imediatamente de arrecadar fundos no Estado, dizendo que a Fundação Trump está violando uma lei que requer que entidades deste tipo se registrem no Estado.</p>
"A omissão de interromper imediatamente a solicitação e apresentar informações e relatórios... ao Escritório de Instituições de Caridade será considerada como uma fraude contínua sobre o povo do Estado de Nova York", de acordo com uma carta datada de sexta-feira que a procuradoria-geral publicou na internet.
O "aviso de violação", emitido pelo escritório do procurador-geral de Nova York, Eric Schneiderman, veio na esteira de uma reportagem do jornal Washington Post segundo a qual a instituição de caridade de Trump vinha pedindo doações sem estar devidamente registrada.
A ordem pode minar os esforços de Trump para transformar a Fundação Clinton, a instituição de caridade familiar de sua rival democrata Hillary Clinton, em uma frente de ataque central em sua campanha presidencial contra a ex-primeira-dama.
O magnata criticou a fundação dos Clinton, que diz ser uma operação "pague para participar" mediante a qual a ex-secretária de Estado e seu marido, o ex-presidente Bill Clinton, recompensam os grandes doadores da entidade com acesso privilegiado.
O escrutínio da Fundação Trump ocorre no momento em que o candidato presidencial republicano lida com uma tempestade de más notícias, incluindo seu desempenho vacilante no debate com Hillary no dia 26 de setembro e a publicação de registros de declarações de imposto no jornal New York Times que mostraram que o bilionário teve um prejuízo de quase 1 bilhão de dólares em 1995 que pode ter lhe permitido ficar sem pagar impostos de renda por até 18 anos.