Homem armado monta guarda na Ucrânia: diplomata russo explicou que a população do leste da Ucrânia teme uma agressão por parte das forças ucranianas (Kirill Kudriavtsev/AFP)
Da Redação
Publicado em 28 de abril de 2014 às 14h11.
Viena - A Rússia qualificou nesta segunda-feira como "irresponsável" e uma "provocação" a presença, no leste da Ucrânia, de inspetores militares europeus, sete dos quais foram retidos na última sexta-feira por milicianos pró-Moscou, que até o momento liberaram só um.
A declaração foi feita hoje em Viena pelo embaixador russo na Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), Andrei Kelin, após uma sessão extraordinária do Conselho Permanente deste órgão, na qual foi analisada a crescente tensão na Ucrânia.
O diplomata russo explicou que a população do leste da Ucrânia, em grande parte pró-russa, teme uma "agressão militar" por parte das forças ucranianas, que enviaram à região "11 mil soldados e centenas de tanques".
"Trazer inspetores militares em uma situação assim foi muito irresponsável", criticou Kelin em entrevista à imprensa.
Apesar de ter criticado a presença dos militares europeus, o diplomata russo reconheceu que a rápida libertação deles "seria um bom passo rumo a uma diminuição da tensão no conflito".
Além disso, o diplomata russo qualificou as novas sanções impostas hoje pelos Estados Unidos contra a Rússia como "um assunto terrível".
"Qualquer forma de ameaça e intimidação não é o que se precisa agora. Como pode a sugestão de novas sanções substituir as conversas entre Ucrânia e a parte oriental do país? Eu não entendo", argumentou.