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Inpe: ocorrência de tempestade no Sudeste deve dobrar

O aumento deve acontecer nos próximos 60 anos devido ao aquecimento global

Os efeitos devem ser ainda mais intensos nas regiões litorâneas, onde a ocorrência de eventos climáticos severos deve triplicar até 2070 (Agliberto Lima/ Veja São Paulo)

Os efeitos devem ser ainda mais intensos nas regiões litorâneas, onde a ocorrência de eventos climáticos severos deve triplicar até 2070 (Agliberto Lima/ Veja São Paulo)

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Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2011 às 19h26.

Rio de Janeiro - A incidência de tempestades e catástrofes naturais na região Sudeste do Brasil deve dobrar nos próximos 60 anos devido ao aquecimento global, segundo um estudo realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Com base em uma análise de dados climáticos das últimas décadas, os pesquisadores constataram que o aumento da temperatura do Oceano Atlântico no hemisfério sul e o resfriamento do Oceano Pacífico equatorial devem ampliar a ocorrência de fenômenos climáticos intensos no País. Os efeitos devem ser ainda mais intensos nas regiões litorâneas, onde a ocorrência de eventos climáticos severos deve triplicar até 2070.

A pesquisa analisou a ocorrência de tempestades nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Campinas nos últimos 60 anos, calculando o efeito da variação da temperatura dos oceanos nas taxas de precipitação, e na ocorrência de chuvas de granizo, raios, vendavais e tornados.

Segundo Osmar Pinto Júnior, coordenador do grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do Inpe, o Sudeste do Brasil deve ser atingido por um número cada vez maior de desastres naturais nas próximas décadas, caso sejam mantidas condições como o ritmo de crescimento da temperatura do Oceano Atlântico e o resfriamento do Oceano Pacífico provocado pelo fenômeno La Niña.

"O aumento da ocorrência de tempestades nessas cidades pode acontecer ainda mais cedo, caso o aquecimento global se intensifique", alertou o pesquisador do Inpe, que apresentou o estudo hoje na 14ª edição da Conferência Internacional sobre Eletricidade Atmosférica, no Rio de Janeiro. A pesquisa foi realizada em parceria com o Massachusetts Institute of Technology (MIT) e o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE).

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