Projeto de sustentabilidade permite uso da soja em motores a diesel (.)
Da Redação
Publicado em 5 de novembro de 2013 às 18h13.
O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) está desenvolvendo, em parceria com a montadora Fiat, um projeto na área de biocombustíveis para transformar motores a diesel em motores que conseguem trabalhar diretamente com óleo vegetal virgem.
Segundo revelou à Agência Brasil o presidente do Inmetro, João Jornada, não será preciso comprar biodiesel. O sujeito pode ir lá no meio do mato pegar os grãos que ele tem, como a soja, espremer, filtrar e já usar no motor dele.
O projeto está em fase experimental e será inaugurado em fevereiro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. João Jornada revelou que o projeto envolve tecnologia, motor e certificação.
Também na área de biocombustíveis, o Inmetro pretende este ano consolidar uma das mais importantes parcerias firmadas em 2009, com o National Institute of Standards and Technology (Nist), órgão similar do instituto nos Estados Unidos.
Nós desenvolvemos conjuntamente os primeiros padrões de medição para biocombustíveis. E isso é fundamental para a transformação do biocombustível em commodity (produtos agrícolas e minerais comercializados no mercado internacional) porque aí você tem padrões facilmente acessíveis de qualidade.
Os padrões desenvolvidos pelo Inmetro e o Nist estão sendo usados agora nos principais laboratórios da Comunidade Europeia para aferir a capacitação desses laboratórios em medir a qualidade dos biocombustíveis. O projeto com a União Europeia é denominado Biorama.
João Jornada afirmou que esses projetos têm impacto ambiental muito grande. E nós pretendemos desenvolver vários programas que tenham foco na área ambiental, para ajudar na questão da sustentabilidade.
Ainda na área de sustentabilidade ambiental, com vistas a uma maior eficiência energética veicular, o Inmetro está desenvolvendo projetos para etiquetagem de veículos com relação ao consumo de combustíveis, dentro do programa que pode servir de base para uma política tarifária do governo, disse Jornada.