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Inglaterra suspende restrições a viagens impostas pela Ômicron

A partir da sexta-feira, os viajantes não terão mais que apresentar teste negativo de covid-19 antes de embarcar rumo à Inglaterra e, se estiverem vacinados, não precisarão se isolar enquanto aguardam o resultado de um exame PCR feito na chegada

Outras regiões do país, onde os governos autônomos regionais têm competências na área da saúde, não se anunciou ainda se as restrições às viagens também serão flexibilizadas (sborisov/Thinkstock)

Outras regiões do país, onde os governos autônomos regionais têm competências na área da saúde, não se anunciou ainda se as restrições às viagens também serão flexibilizadas (sborisov/Thinkstock)

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AFP

Publicado em 5 de janeiro de 2022 às 19h04.

Última atualização em 5 de janeiro de 2022 às 19h05.

Diante da forte propagação da Ômicron, o governo britânico anunciou nesta quarta-feira (5) o fim das restrições às viagens do exterior, impostas para proteger o país desta variante muito mais contagiosa, mas aparentemente menos letal do coronavírus.

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"Agora que a variante ômicron é tão dominante, estas medidas só têm um impacto limitado no aumento do número de casos, enquanto continuam causando custos significativos para a indústria do turismo", explicou o primeiro-ministro, Boris Johnson, no Parlamento.

Assim, a partir da sexta-feira, os viajantes não terão mais que apresentar teste negativo de covid-19 antes de embarcar rumo à Inglaterra e, se estiverem vacinados, não precisarão se isolar enquanto aguardam o resultado de um exame PCR feito na chegada.

No lugar, terão que se submeter, como era o caso antes do surgimento, em dezembro, da variante ômicron, a um teste de antígeno nos dois dias posteriores à sua chegada, destacou.

Sob forte pressão de seu Partido Conservador para evitar novas medidas, Johnson anunciou também a extensão por pelo menos três semanas, até 26 de janeiro, da recomendação do trabalho remoto, bem como da obrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes internos e a exigência de passaportes sanitários em eventos multitudinários, vigentes na Inglaterra desde meados de dezembro.

Outras regiões do país, onde os governos autônomos regionais têm competências na área da saúde, não se anunciou ainda se as restrições às viagens também serão flexibilizadas.

Tanto a Escócia quanto Gales e Irlanda do Norte aplicam medidas mais estritas do que a Inglaterra para conter a covid-19.

Um em cada 20 britânicos

Nesta quarta, a primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon, estendeu até pelo menos 17 de janeiro o fechamento das boates, a limitação de grandes reuniões e o serviço de bares e pubs exclusivamente em mesas para tentar limitar o forte avanço de casos de covid-19.

Segundo estimativas do Escritório Nacional de Estatísticas (ONS), o número de infectados no Reino Unido bateu recordes na semana passada, com um em cada 20 em média no país e um em cada 10 em Londres.

Com base em uma amostra representativa, o organismo estimou que 3,7 milhões de pessoas de uma população de 67 milhões de habitantes, tiveram covid-19 na última semana de 2021.

Na Inglaterra, uma pessoa em 15 pegaram a doença, uma em 20 na Escócia e em Gales e uma em 25 na Irlanda do Norte.

Estes dados ilustram a magnitude da nova onda provocada pela ômicron, que levou milhões de britânicos a se isolar durante as festas de fim de ano e agora está provocando escassez de efetivos em vários setores, do transporte às escolas, passando pelos hospitais.

O Reino Unido é um dos países mais castigados da Europa pela covid-19, com 149.284 mortos desde o início da pandemia, registrados até a quarta-feira.

Na terça, alcançou um recorde de casos positivos em 24 horas: 218.724.

As hospitalizações (cerca de 2.000 na terça-feira) não alcançaram nem de perto os picos das ondas anteriores - apesar de que naquelas os casos diários nunca passaram dos 100.000 - e o número de pessoas que requerem respiração artificial (883) permanece estável.

Mas o serviço público de saúde NHS enfrenta problemas devido à grande quantidade de pessoal que está em quarentena após testar positivo, pondo em risco os serviços essenciais.

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