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Inflação da Zona do Euro volta a subir em janeiro e fica acima da meta do BCE

A inflação da zona do euro caiu para 1,7% em setembro de 2024, mas desde então retomou sua tendência de crescimento e tem ficado regularmente acima da meta do Banco Central Europeu (BCE) de cerca de 2%

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 3 de fevereiro de 2025 às 11h59.

Última atualização em 3 de fevereiro de 2025 às 12h05.

A inflação anual da Zona do Euro subiu novamente em janeiro, para 2,5%, marcando seu quarto mês consecutivo de crescimento, de acordo com dados publicados nesta segunda-feira, 3, pela agência europeia de estatísticas Eurostat.

Em dezembro, o Eurostat estimou a inflação em 2,4% no grupo de países que usam a moeda comum.

Segundo o relatório da agência, a inflação subjacente (que exclui variações nos preços de energia e alimentos) permaneceu estável em 2,7% em janeiro.

A inflação da zona do euro caiu para 1,7% em setembro de 2024, mas desde então retomou sua tendência de crescimento e tem ficado regularmente acima da meta do Banco Central Europeu (BCE) de cerca de 2%.

O relatório divulgado pelo Eurostat nesta segunda-feira mostra que os preços da energia subiram 1,8% em janeiro, e os alimentos (que são medidos junto com o tabaco e as bebidas alcoólicas) tiveram um reajuste de 2,3%.

No mês anterior, a energia subiu apenas 0,1%, então esse desempenho também impactou o resultado de janeiro.

Os bens não industriais cresceram apenas 0,5%, mas o segmento de serviços aumentou 3,9%.

Entre as principais economias da zona do euro, a inflação de janeiro na Alemanha foi estimada em 2,8%, enquanto na França ficou em 1,8% e na Itália em 1,7%.

Enquanto isso, a Espanha apresentou 2,9% e Portugal 2,7%.

Tendência no BCE

Analistas da consultoria Bloomberg projetaram uma inflação de 2,4% para janeiro, ligeiramente abaixo do nível verificado pelo Eurostat. Para a inflação subjacente, eles previram 2,7%, o que acabou se confirmando.

Jack Allen-Reynolds, especialista da Capital Economics, admitiu que os resultados registrados em janeiro foram "um pouco mais fortes do que esperávamos depois dos dados sobre Alemanha e França", divulgados no dia anterior.

Segundo o especialista, é provável que os responsáveis pela definição das políticas econômicas "manifestem preocupação ao verificar que a desinflação no setor de serviços estagnou".

Na quinta-feira, o Eurostat anunciou que a zona do euro registrou um crescimento nulo do PIB no quarto trimestre de 2024, com retrocessos na Alemanha e na França, após registrar um aumento modesto de 0,4% no terceiro trimestre do ano.

No caso da Alemanha, a maior economia da Europa já havia sofrido contração nos dois primeiros trimestres de 2024.

A França, por sua vez, teve um crescimento no terceiro trimestre, impulsionado pelos Jogos Olímpicos, mas os efeitos do evento esportivo diminuíram no último trimestre do ano.

Com esses resultados, o Eurostat estimou que a zona do euro cresceu apenas 0,7% em todo o ano de 2024.

Nesse contexto, o BCE reduziu ligeiramente sua taxa básica na semana passada para 2,75%, um processo que ainda deverá continuar.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, sugeriu que os responsáveis pela política monetária estavam dispostos a manter a tendência desses cortes.

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