Notas de 20.000 pesos argentinos (Luis Robayo/AFP)
Repórter de macroeconomia
Publicado em 14 de março de 2025 às 16h16.
A inflação na Argentina subiu para 2,4% mensais em fevereiro, após marcar 2,2% em janeiro, mostraram dados do Indec, divulgados nesta sexta-feira, 14.
O mercado esperava a aceleração, para algo entre 2,3% e 2,7%, segundo o jornal Clarín.
No ano, a inflação acumula alta de 5,3%. Nos últimos 12 meses, a taxa soma 79,4%.
O governo de Javier Milei conseguiu baixar a inflação nos últimos meses. No começo de 2024, a taxa estava acima dos 200% anuais, uma das mais altas do mundo.
Milei conseguiu reduzir a inflação ao criar âncoras, como manter o câmbio estável frente ao dólar, fazer um corte profundo de gastos públicos e reduzir a emissão de moeda, entre outras medidas. O corte de gastos reduziu o salário de servidores e aposentadorias, o que tem gerado protestos nas ruas.
Apesar de a alta de preços ter se reduzido, no entanto, o país ficou mais caro para quem usa dólares, o que se refletiu em aumento do custo de vida no país e na queda do número de turistas. Para os brasileiros, por exemplo, o custo de muitos itens é maior lá do que aqui.