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Inflação baixa nos EUA permite incentivos à economia em 2011

Estrategista-sênior da Cruzeiro do Sul Corretora prevê que política econômica expansionista só será revertida no ano que vem

Federal Reserve só deve sinalizar alteração na política de juros no fim deste ano (Mark Wallheiser/Getty Images)

Federal Reserve só deve sinalizar alteração na política de juros no fim deste ano (Mark Wallheiser/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de março de 2011 às 11h36.

São Paulo – Além de constatar a recuperação econômica, os dados divulgados nesta sexta-feira (25) pelo governo americano trazem outra boa notícia: a inflação está sob controle, o que elimina eventuais pressões para que os incentivos sejam retirados.

A avaliação é do estrategista-sênior da Cruzeiro do Sul Corretora, Jason Vieira, que participou do programa “Momento da Economia”, na Rádio EXAME.

“Nós tivemos um índice de preços revisado em 0,4%, uma zona bastante tolerável pelo Federal reserve. Isso mantém as perspectivas de manutenção dos atuais pacotes de ajuda, incluindo a política de juros baixos”, diz Vieira, que prevê apenas para o final deste ano o surgimento dos primeiros sinais de reversão desses incentivos por parte do Banco Central americano.

Outro ponto destacado pelo economista envolve a redução dos gastos com defesa do governo americano, ou seja, a economia está crescendo sem depender de recursos relacionados a guerras. “A gente sabe que os gastos governamentais, principalmente em defesa, são um motor importante da economia americana, mas já estamos num momento em que o próprio governo acredita que esse tipo de gasto não pode ser um impulsionador da economia sob o risco de os Estados Unidos, como normalmente fazem os republicanos, arrumarem alguma guerra para impulsionar a atividade, o que não seria uma coisa muito positiva.”

O mercado externo também está jogando a favor da economia americana, com alta nas exportações e queda nas importações. “As exportações de bens tiveram uma alta de 11%. Isso mostra que não só a atividade econômica local tem sustentado o crescimento americano, mas também a atividade econômica internacional.”, diz estrategista-sênior da Cruzeiro do Sul Corretora.

Na entrevista (para ouvi-la na íntegra), Jason Vieira avalia o comportamento do mercado de trabalho americano e compara as perspectivas de crescimento do Brasil e dos Estados Unidos neste ano.

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