O processo demorado e caro para a obtenção de um visto também foi criticado pelos americanos (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 22 de novembro de 2011 às 15h32.
São Paulo – A mão aberta dos visitantes brasileiros nos Estados Unidos tem acendido a cobiça das entidades de turismo do país. Recentemente, tornou-se mais intensa a campanha para que o Brasil seja incluído na lista de 36 países cujos visitantes não precisam de visto para fazer viagens curtas às cidades americanas.
A Associação Americana de Turismo defendeu em reportagem da revista Time a queda da obrigatoriedade do visto para brasileiros. Segundo dados apresentados pela entidade, a medida geraria US$ 10,3 bilhões à economia americana e 95.100 novos empregos. “Todos deveriam amar os turistas brasileiros. Eles gastam mais individualmente que qualquer outra nacionalidade”, defende o autor do artigo, Tim Rogers.
A American Airlines, também consultada na matéria, afirma que “apóia fortemente” a idéia. Segundo a companhia, os Estados Unidos vêm perdendo muito dinheiro gerado pelos turistas latinos desde as mudanças geradas pós 11 de setembro.
O processo demorado e caro para a obtenção de um visto também ganhou destaque. A existência de apenas quatro consulados americanos - Brasília, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo - “num país de proporções continentais, maior que os Estados Unidos”, foi criticada pelos representantes. “As famílias tem de gastar com passagem e hospedagem para a entrevista do visto, que ainda tem o custo adcional de US$ 140”, destacou negativamente o texto.
Sem barreiras
A lista de países que não precisam de visto inclui Portugal, Coreia do Sul, Brunei, Cingapura, Lituânia, Malta e Letônia. Para não ter visto, o país precisa compartilhar informações sobre os passageiros com autoridades americanas, possuir passaporte com chip eletrônico e ter um índice de aprovação dos pedidos de visto de 97%. Nos consulados brasileiros, o número é de aproximadamente 95%.
Em 2010, em 1.2 milhões de brasileiros visitaram os EUA. “No passado, a maioria dos brasileiros costumava ir aos EUA atrás de um emprego; agora, eles vêm gastar dinheiro e criar empregos”, termina o autor.