Mundo

Índios venezuelanos capturam 42 militares por disputa

Militares foram detidos perto da fronteira com o Brasil conforme os índios reivindicam que decreto sobre exploração de ouro seja anulado


	Bandeira da Venezuela: a indústria do ouro no país foi nacionalizada em 2011
 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Bandeira da Venezuela: a indústria do ouro no país foi nacionalizada em 2011 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de fevereiro de 2013 às 17h36.

Caracas - Índios venezuelanos mantêm 42 militares reféns em uma região mineira no sudoeste do país e condicionam sua libertação à anulação de um decreto que outorga ao Estado a administração das atividades de exploração de ouro, entre outras demandas.

"Estão retidos. (Os chefes militares) se negaram a dialogar com os índios e tememos uma ação militar de consequências incalculáveis", disse à Reuters o deputado opositor Américo de Grazia, eleito pelo Estado Bolívar, por telefone.

Os efetivos das forças de segurança foram retidos na quinta-feira em uma zona retirada, perto da fronteira com o Brasil, desarmados e amarrados, segundo detalhou o deputado, durante uma operação para apreender e destruir equipamentos de mineração artesanal.

Os índios também mantêm o controle de três pistas aéreas na região, que normalmente são usadas para transportar alimentos.

O governo de Hugo Chávez nacionalizou a indústria do ouro em 2011, fixando um teto de 45 por cento para a participação privada em empresas mistas com o Estado, elevou os royalties até 13 por cento e impôs restrições à exportação do metal.

Na região há operações da mineradora chinesa Citic, à qual foi atribuída a concessão da rica reserva de ouro de Las Cristinas.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaIndígenasVenezuela

Mais de Mundo

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde

Cristina Kirchner perde aposentadoria vitalícia após condenação por corrupção

Justiça de Nova York multa a casa de leilões Sotheby's em R$ 36 milhões por fraude fiscal

Xi Jinping inaugura megaporto de US$ 1,3 bilhão no Peru