Indígenas de diversos países vão se reunir antes e durante a realização da Rio+20, em um espaço chamado de Kari-oca 2, que vai reproduzir uma aldeia brasileira (Noel Villas Bôas/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 28 de março de 2012 às 13h36.
Rio de Janeiro – Povos indígenas de diversos países devem aproveitar a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) para acertar os detalhes e assinar o protocolo de seus Jogos Mundiais, previstos para ocorrer no Brasil em 2013. Segundo Marcos Terena, articulador indígena para a Rio+20, pelo menos 16 países devem participar da competição.
“A gente tem que ver o tipo de esporte que cada um vai apresentar [para os Jogos]. Não há uma regra sobre que tipo de esporte deve integrar os Jogos, desde que seja indígena, tradicional. O arco e flecha é um deles”, disse Terena.
Segundo ele, desde 2000 discute-se a realização de uma edição dos Jogos Mundiais Indígenas. A primeira competição seria realizada no Canadá, mas ela acabou sendo adiada.
Indígenas de diversos países vão se reunir antes e durante a realização da Rio+20, em um espaço chamado de Kari-oca 2, que vai reproduzir uma aldeia brasileira. Haverá a oca principal, onde ocorrerão as discussões e mesas-redondas, além de ocas secundárias. Índios americanos também devem montar réplicas de suas habitações tradicionais.
Durante esse período, será realizada uma miniedição dos Jogos dos Povos Indígenas brasileiros, com a participação de 350 a 400 pessoas de 12 etnias. A última edição dos jogos nacionais reuniu, em Tocantins, em novembro do ano passado, 1.400 indígenas de 39 etnias. Eles disputaram dez modalidades, entre elas a corrida de tora (em que o atleta corre carregando uma tora de madeira), o arremesso de lança e a natação.