Andrew Puzder, diretor-executivo da CKE Restaurants, sai do Trump International Golf Club, após encontro com o presidente eleito dos EUA Donald Trump. 19 de novembro de 2016 (Drew Angerer/Getty Images)
EFE
Publicado em 15 de fevereiro de 2017 às 21h11.
Última atualização em 15 de fevereiro de 2017 às 21h13.
Washington - O indicado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Departamento de Trabalho, Andrew Puzder, desistiu do cargo nesta quarta-feira, após receber várias críticas de senadores democratas e republicanos pelo seu histórico empresarial e pessoal.
"Após cuidadosa consideração e conversas com minha família, retiro minha candidatura à Secretaria de Trabalho. Estou honrado de ter sido considerado pelo presidente Trump para dirigir o departamento e colocar os trabalhadores e empresas dos EUA no caminho de uma prosperidade sustentável", disse em nota.
Puzder, de 66 anos, teria uma audiência de confirmação da nomeação amanhã no Comitê de Saúde e Educação do Senado.
A decisão ocorreu depois de líderes republicanos no Senado terem recomendado à Casa Branca para retirar a indicação, já que Puzder não teria os votos necessários para ser aprovado para o cargo.
É a primeira mudança de um indicado por Trump para fazer parte do governo e um novo golpe contra o presidente após a renúncia de Michael Flynn do cargo de assessor de segurança nacional.
Apesar da oposição dos democratas e de grupos civis em relação a outros indicados de Trump, todos tinham conseguido aval do Senado graças à maioria republicana.
Puzder recebeu várias críticas de grupos sindicais pelas práticas trabalhistas implantadas em sua gestão como presidente da companhia de fast-food RKE, que inclui as redes Carl's Jr. e Hardee's, cargo que ele ocupa desde 2000.
Além disso, foram reveladas acusações de abusos por parte de sua ex-mulher e que Puzder tinha contratado uma imigrante ilegal para trabalhar em sua casa na Califórnia.
O senador democrata Bernie Sanders elogiou a decisão de Puzder no Twitter e afirmou que "a simples verdade é que, dada as relações com os empregados nas empresas que ele dirigiu, não estava preparado para liderar um departamento responsável por defender os direitos dos trabalhadores". EFE