John Brennan: conselheiro contra terrorismo de Obama e era um executivo da CIA na gestão do presidente George W. Bush (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 7 de fevereiro de 2013 às 07h26.
Washington - Alguns dos questionamentos mais difíceis para John Brennan, o indicado do presidente dos EUA, Barack Obama, para chefiar a CIA, podem vir de parlamentares democratas, e não da oposição republicana, em sua audiência de confirmação no Senado, nesta quinta-feira.
Brennan, de 57 anos, deve ser analisado de perto sobre as atividades de espionagem dos EUA, desde técnicas de interrogatório até o uso de naves não tripuladas (drones), quando comparecer diante do Comitê de Inteligência do Senado na audiência às 17h30 (horário de Brasília).
Mesmo assim, não houve nenhuma onda de objeções à indicação de Brennan, e ele deve receber a confirmação de ambos os lados do comitê e, depois, de todo o Senado norte-americano.
Algumas das preocupações mais expressivas sobre Brennan vieram de democratas liberais, e não de conservadores republicanos, cuja ressalva em relação ao indicado de Obama para chefiar o Pentágono, Chuck Hagel, provocou o atraso da votação para a confirmação do ex-senador republicano de Nebraska como secretário da Defesa.
Brennan é conselheiro contra terrorismo de Obama e era um executivo da CIA na gestão do presidente George W. Bush.
A primeira vez que emergiu como um indicado por Obama para a CIA foi em 2008. Ele se retirou depois de ativistas de direitos humanos protestarem contra suas declarações públicas sobre o uso de "técnicas melhoradas" de interrogatório usadas pela agência, incluindo a prática da simulação de afogamento, que uma grande parte das autoridades considera como tortura.