Ex-senador Chuck Hagel foi indicado pelo presidente dos EUA, Barack Obama, como próximo secretário de Defesa dos EUA (AFP/ Junko Kimura)
Da Redação
Publicado em 11 de janeiro de 2013 às 07h47.
Washington - O ex-senador Chuck Hagel, indicado pelo presidente dos EUA, Barack Obama, como próximo secretário de Defesa dos EUA, começou a telefonar para críticos no Senado na tentativa de esclarecer suas opiniões sobre como lidar com o Irã, o Hezbolla e o Hamas, antes de uma audiência sobre sua nomeação.
As credenciais do condecorado republicano veterano da guerra do Vietnã não convenceram integrantes de seu próprio partido, com o qual ele publicamente teve desavenças quando parlamentar por se opor à guerra no Iraque durante o governo Bush.
As ligações particulares de Hagel para senadores e os esforços de seus apoiadores em defendê-lo publicamente são parte do que deve ser uma dura batalha no Senado sobre sua nomeação para comandar o Pentágono. Adversários de Hagel tentaram por semanas convencer Obama a desistir de indicar o ex-senador de Nebraska.
O proeminente senador republicano Lindsay Graham, da Carolina do Sul, previu antes mesmo da indicação que Hagel, se confirmado, seria "o mais antagônico secretário de Defesa perante o Estado de Israel na história da nossa nação".
Autoridades norte-americanos que falaram com Hagel desde sua nomeação, na segunda-feira, dizem que ele tem feito ligações para alguns senadores antes da audiência no Congresso, que acontecerá nas próximas semanas. Parlamentares e ex-parlamentares dizem que ele está particularmente preocupado com as opiniões sobre sua atitude passada em relação ao Irã. Críticos o acusam de se opor a sanções à República Islâmica.
O senador republicano John Cornyn, do Texas, em um artigo de opinião chamado "Porque Não Posso Apoiar Hagel", acusou o indicado de não compreender as ameaças do Irã e de grupos como o Hamas.