Haley: "Vou comunicar a ele o que penso, e sei que o resto (da equipe) de segurança nacional também o fará" (Carlos Barria/Reuters)
EFE
Publicado em 18 de janeiro de 2017 às 20h36.
Washington - A indicada pelo presidente eleito Donald Trump para ser a próxima embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, sugeriu nesta quarta-feira que tentará suavizar as polêmicas posturas do novo líder americano em relação às Nações Unidas, à Otan e à União Europeia (UE).
Nikki, que durante a campanha eleitoral deixou claras suas diferenças com Trump, se alçou durante sua audiência de confirmação no Senado como uma voz independente que trabalhará, em conjunto com outros membros do gabinete, para moderar o presidente em algumas de suas posições mais controversas.
"Vou comunicar a ele o que penso, e sei que o resto (da equipe) de segurança nacional também o fará", afirmou Nikki perante o Comitê de Relações Exteriores do Senado dos Estados Unidos.
"A Otan foi, claramente, uma aliança que valorizamos, e temos que continuar a apoiando. Espero que conforme formos falando com ele sobre estas alianças e como elas podem nos ajudar e ser estratégicas, acredito que nos escutará ", acrescentou.
Em duas entrevistas no último fim de semana, Trump disse que a Otan está "obsoleta" e previu que, além do Reino Unido, mais países deixarão a UE por considerar que o bloco é "basicamente um veículo para a Alemanha".
A indicada para a ONU disse que Trump está "tentando ver quais relações pode manter com os diferentes líderes" do mundo.
Atual governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley apoiou o senador Marco Rubio durante as primárias republicanas e, na ocasião, recebeu críticas de Donald Trump.
Embora não tenha experiência em política externa, Nikki defendeu que levará à ONU a experiência à frente de seu estado, e não despertou muitas objeções entre os senadores na audiência, o que indica que não terá problemas para ser confirmada.