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Indicações do PMDB precisarão do aval de todo o partido

Novos nomes devem ter apoio do partido; objetivo é recuperar espaço no governo

O ministro da Previdência, Garibaldi Alves, participou de reunião com a cúpula do PMDB (Agência Brasil)

O ministro da Previdência, Garibaldi Alves, participou de reunião com a cúpula do PMDB (Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 5 de janeiro de 2011 às 12h55.

Brasília - Para recuperar o espaço perdido na formação da equipe da presidenta Dilma Rousseff, os peemedebistas decidiram que todas as nomeações a que terão direito serão referendadas por todo o partido e não mais a uma simples indicação do ministro da pasta ou de um parlamentar. A informação é do ministro da Previdência Social e senador eleito pelo PMDB, Garibaldi Alves Filho, (RN) que, ontem, participou de um encontro entre a cúpula e os ministros do partido.

“O que está sendo acertado é que o partido vai se mostrar mais coeso, agora, com relação a essas escolhas. Ao invés de serem escolhas de um parlamentar apenas, ou de um ministro apenas, será do PMDB para dar ao partido maior verticalidade, uma maior representatividade”, disse o ministro hoje (5) durante a posse de seu pai, Garibaldi Alves, como senador.

Sobre as disputas com o PT em torno dos cargos de segundo escalão do Executivo, Garibaldi Alves afirmou que o PMDB já deu o assunto por encerrado, mesmo com as perdas de indicações que mantinham no segundo escalão. Garibaldi Alves negou qualquer tensão com o governo por causa dessa questão. Ele lembrou que não existe, em qualquer ministério, a chamada “porteira fechada”, em que o titular da pasta escolhe livremente os representantes dos órgãos vinculados.

O ministro lembrou que, apesar de Dilma Rousseff ter suspendido as nomeações para o segundo escalão dos ministérios, manteve o processo de repartição dos cargos entre os aliados nas estatais. “Isso continua e está se processando. Ela adiou [as escolhas para o segundo escalão] numa atitude de cautela, certamente para escolher melhor, a pressa é inimiga da perfeição.”

Outra questão minimizada por Garibaldi Alves foi a possível influência da disputa de espaço no segundo escalão no processo de escolha dos presidentes da Câmara e do Senado, além das presidências das comissões permanentes das respectivas Casas. Para ele, o acordo entre PMDB e PT, que estabelece o critério do tamanho das bancadas para a escolha dos primeiros cargos, está mantido.

O ministro, que está no terceiro mandato de senador, acredita que o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disputará a reeleição apesar de negar essa pretensão. Parlamentares da cúpula do PMDB senadores de outros partidos também dão como certa a candidatura de Sarney.

“O presidente Sarney, em todo o começo de processo eleitoral, geralmente não se mostra muito animado e eu compreendo isso porque realmente não é fácil, hoje, dirigir uma Casa como essa. Mas diante dos apelos que ele recebe, termina aceitando e eu acho que vai acontecer a mesma coisa”, disse Garibaldi Alves.

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