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Índia vai construir 10 novos reatores nucleares com a Rússia

Um reator de concepção russa já funciona no estado de Tamil Nadu (sul) e outro entrará em serviço em breve

Putin (e) e Modi cumprimentam-se durante uma entrevista coletiva em Nova Dhéli (AFP)

Putin (e) e Modi cumprimentam-se durante uma entrevista coletiva em Nova Dhéli (AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2014 às 10h45.

Nova Dhéli - A Índia, grande consumidora de energia, construirá ao menos 10 novos reatores nucleares com a Rússia, disse nesta quinta-feira o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, após uma reunião com o presidente russo, Vladimir Putin, em Nova Délhi.

"Delineamos uma ambiciosa visão sobre a energia nuclear, com ao menos 10 novos reatores", disse Modi em um encontro com a imprensa.

"Isso incluirá a fabricação de equipamentos e de componentes na Índia", acrescentou.

Um reator de concepção russa já funciona no estado de Tamil Nadu (sul) e outro entrará em serviço em breve. Cada um terá uma capacidade de 1.000 megawatts.

Os dois países concluíram um acordo intergovernamental em 2008 para construir estes dois novos reatores.

Rússia e Índia decidiram nesta quinta-feira buscar uma nova instalação para a construção destes reatores suplementares.

A visita de Putin à Índia, a primeira desde a chegada ao poder de Modi, em maio, ocorre quando Moscou busca aliados na Ásia para cooperar em matéria energética ou de defesa, em reação às sanções ocidentais devido ao conflito ucraniano.

A Rússia busca novas saídas para seus recursos naturais com o objetivo de relançar sua economia, duramente atingida pela crise com o Ocidente e pela queda dos preços do petróleo.

Rússia e Índia anunciaram ter concluído 16 acordos, um deles sobre a fabricação na Índia de um dos helicópteros de ataque russos mais avançados e outro sobre a instalação no subcontinente de fábricas de peças para equipamento militar.

A Rússia fornece 70% dos equipamentos militares da Índia, primeiro importador mundial de armamento convencional. A Índia quer desenvolver suas próprias capacidades de produção de armamento.

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