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Índia se aproxima de 1 milhão de casos de covid-19 e amplia confinamento

Várias regiões retomaram o confinamento após o rápido avanço da covid-19 no país. Até o momento, a Índia registra quase 25 mil mortes por coronavírus

ÍNDIA CORONAVÍRUS: Nova Délhi pode ficar sem leitos em meio a disparada de casos de covid-19 (Francis Mascarenhas/Reuters)

ÍNDIA CORONAVÍRUS: Nova Délhi pode ficar sem leitos em meio a disparada de casos de covid-19 (Francis Mascarenhas/Reuters)

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AFP

Publicado em 16 de julho de 2020 às 06h35.

Os 125 milhões de habitantes do estado indiano de Bihar, norte do país, devem respeitar o retorno do confinamento a partir desta quinta-feira (16), no momento em que o país se aproxima de um milhão de casos confirmados do novo coronavírus.

Nas últimas semanas, novos confinamentos por cidades e regiões aumentam no país, devido à multiplicação de casos de COVID-19.

Bihar, um estado pobre, permanecerá confinado a princípio por 15 dias. No sul do país, a grande cidade de Bangalore e sua periferia, onde vivem 13 milhões de pessoas, retomou o confinamento na quarta-feira, com duração prevista de uma semana.

O pequeno estado costeiro de Goa, muito procurado pelos turistas, permanecerá em confinamento por pelo menos três dias a partir de quinta-feira à noite e um toque de recolher noturno será aplicado.

"Muitas pessoas saem par encontrar outras pessoas em festas e a população não toma as precauções necessárias para frear a epidemia", disse Pramod Sawant, ministro da região de Goa.

"Mais de 40.000 pessoas foram multadas por não respeitar as regras e outras foram detidas, mas as pessoas continuam saindo", completou.

Em Bihar, milhares de habitantes correram aos supermercados para comprar alimentos para os próximos dias, apesar dos apelos de respeito ao distanciamento mínimo entre as pessoas. Poucos usavam máscaras de proteção.

Até o momento, a Índia, segundo país mais populoso do planeta com 1,3 bilhão de habitantes, registra quase 25.000 mortes provocadas pelo novo coronavírus e mais de 968.000 contágios, números que aumentam rapidamente.

O sul da Ásia parece a caminho de virar o novo epicentro da pandemia, segundo a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC).

"Enquanto o mundo olha para os Estados Unidos e a América Latina, uma tragédia humana similar emerge rapidamente no sul da Ásia", afirmou em um comunicado John Fleming, diretor regional da IFRC.

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