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Índia incentiva empresas a investirem em energia solar

Plano é melhorar o sistema energético do país, atualmente muito precário, e assim reduzir a dependência em relação às usinas de carvão

Com a ajuda de subsídios do governo, a empresa indiana Azure Solar Plant investe em uma instalação de 25 hectares com 36 mil painéis solares (AFP /Vasileios Filis)

Com a ajuda de subsídios do governo, a empresa indiana Azure Solar Plant investe em uma instalação de 25 hectares com 36 mil painéis solares (AFP /Vasileios Filis)

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Da Redação

Publicado em 5 de janeiro de 2012 às 17h51.

São Paulo - As empresas indianas que tiverem interesse em gerar energia solar agora têm o apoio do governo. Há dois anos o país adotou a meta de gerar 20 mil megawatts, através de energia renovável, até 2020.

O plano é melhorar o sistema energético do país, atualmente muito precário, e assim reduzir a dependência em relação às usinas de carvão. Com a ajuda de subsídios do governo, a empresa indiana Azure Solar Plant investe em uma instalação de 25 hectares com 36 mil painéis solares.

A corporação fornece energia limpa a uma operadora da rede elétrica do governo estadual. De acordo com o diretor executivo da Azure, Inderpreet Wadhwa, a energia solar não demorará em se tornar mais viável e logo pode concorrer com fontes convencionais. "A eficiência da energia solar vai continuar aumentando e, com a crescente demanda por energia solar, o custo seguirá caindo", afirma Wadhwa.

Atualmente, alguns analistas já consideram a meta nacional de 20 mil megawatts possível de ser alcançada. O país utiliza cerca de 140 megawatts de energia limpa, sendo que dez megawatts são usados pela instalação da Azure, capaz de atender a demanda de uma cidade de 50 mil habitantes.

"Os preços caíram e, subitamente, metas que pareciam impossíveis se tornaram possíveis", disse Tobias Engelmeier, diretor administrativo da empresa de pesquisas e consultoria Bridge to India, com sede em Nova Délhi.

Assim como a Azure, muitas empresas indianas estão instalando painéis solares nas planícies do noroeste da Índia o que pode ser explicado por dois fatores: queda no preço dos painéis solares e subsídios do governo.

As fabricantes chinesas Suntech Power e Yingli Green Energy são exemplos de empresas que aumentaram a produção de painéis e conseguiram cortar o custo entre 30% e 40%, chegando a menos de US$ 1 por watt, desta forma contribuiram para a queda no preço dos equipamentos.

Mesmo assim, a Índia dá preferência aos painéis mais avançados que usam solares de filme fino, fornecidos pelos EUA, Taiwan e Europa.

Executivos da indústria acreditam que o interesse indiano em energia solar deve-se às políticas do governo. Mesmo estando em uma posição bem desfavorável em relação aos países que produzem mais energia a partir do sol, a Índia tem condições de crescer muito neste setor, pois tem incidência solar direta durante mais de 300 dias por ano.

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