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Índia e Paquistão trocam tiros na fronteira da Caxemira

As polícias dos dois países afirmaram que as tropas trocaram tiros por horas durante a noite, matando um paquistanês e ferindo pelo menos outros 22

Indianos fogem para lugar seguro: episódios violentos na segunda-feira mataram 9 civis (Mukesh Gupta/Reuters)

Indianos fogem para lugar seguro: episódios violentos na segunda-feira mataram 9 civis (Mukesh Gupta/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2014 às 16h32.

Srinagar - Tropas indianas e paquistanesas trocaram tiros e ataques de morteiros na fronteira entre a Caxemira e o Paquistão nesta terça-feira, pelo segundo dia seguido. Ambos acusam o outro lado de provocar os atos violentos.

As polícias dos dois países afirmaram que as tropas trocaram tiros por horas durante a noite, matando um paquistanês e ferindo pelo menos outros 22.

Episódios violentos na segunda-feira mataram nove civis.

O policial paquistanês Mohammad Anwar afirmou que ataques de morteiros indianos atingiram casas e campos, matando o dono de uma casa no vilarejo de Bhagiari e ferindo seis outras pessoas no local.

"Tivemos de correr para nossa segurança no escuro e de alguma forma conseguir ficar atrás de uma mesquita no vilarejo", afirmou Anwar.

Os atos violentos acontecerem em partes da fronteira de 200 quilômetros entre a província paquistanesa de Punjab e a parte da Caxemira controlada pela Índia.

Na cidade indiana de Arnia, um morteiro atirado em uma loja de doces explodiu o telhado e feriu três pessoas. "Estamos muito assustados", disse o dono da loja, Rohit Saini.

Diversos civis em pânico estão deixando a região, de acordo com autoridades.

No lado indiano da Caxemira, o governo ajudou mais de 20.000 moradores do vilarejo Arnia e milhares de outros vilarejos a deixar a área na segunda-feira.

Na manhã de terça-feira, mais de 10.000 pessoas foram para abrigos do governo, de acordo com a administração regional.

Os atos de violência recentes são uma das piores violações do acordo de cessar-fogo de 2003 entre a Índia e o Paquistão.

Eles acontecem após diversas reuniões entre comandantes das forças de fronteiras dos dois países com o objetivo de acalmar as tensões.

Outro conflito similar em agosto levou 15.000 moradores de vilarejos a deixar o local temporariamente.

Fonte: Associated Press.

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