Plano de imunização deve contemplar todos os estados de forma proporcional (Paul Biris/Getty Images)
Reuters
Publicado em 5 de novembro de 2020 às 11h59.
A Índia prossegue no desenvolvimento de sua vacina contra o coronavírus, enquanto a farmacêutica britânica AstraZeneca disse que suas entregas estão "um pouco atrasadas", conforme países de todo o mundo tentam domar a pandemia e resgatar suas economias.
Uma vacina é vista como a maior aposta mundial para se controlar um vírus que já infectou mais de 48 milhões de pessoas, provocou mais de 1,2 milhão de mortes, abalou economias e transtornou bilhões de vidas desde que foi identificado na China em dezembro.
A Índia é o segundo país com mais casos de covid-19 no mundo, com 8,3 milhões e 124.315 mortes, segundo dados da universidade Johns Hopkins.
Uma vacina apoiada pelo governo da Índia poderia ser lançada já em fevereiro, meses antes do esperado, já que os testes de estágio avançado começam neste mês e estudos feitos até agora mostraram que ela é segura e eficiente, disse um cientista graduado do governo à Reuters.
A Bharat Biotech, empresa privada que está desenvolvendo a Covaxin com a estatal Conselho Indiano de Pesquisa Médica, esperava lançá-la somente no segundo trimestre do ano que vem.
"A vacina mostrou uma boa eficiência", disse Rajni Kant, cientista da estatal e que também é membro de sua força-tarefa contra o Covid-19, na sede da entidade em Nova Délhi.
"Espera-se que até o início do próximo ano, fevereiro ou março, algo esteja disponível."
Não foi possível contatar a Bharat Biotech de imediato.
Um lançamento em fevereiro faria da Covaxin a primeira vacina de fabricação indiana a ser distribuída.