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Índia desmente querer criminalizar relações homossexuais

Um advogado, que se apresentou como um representante do ministério do Interior, classificou as relações de "propagadoras da Aids" e contrárias "à ordem social"

A Suprema Corte de Nova Délhi descriminalizou em 2009 as relações sexuais entre adultos do mesmo sexo
 (Punit Paranjpe/AFP)

A Suprema Corte de Nova Délhi descriminalizou em 2009 as relações sexuais entre adultos do mesmo sexo (Punit Paranjpe/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2012 às 09h21.

Nova Délhi - O ministério do Interior indiano desmentiu nesta quinta-feira querer penalizar novamente as relações homossexuais no país, desvinculando-se assim das manifestações de um advogado que disse representar o governo.

O advogado P.P. Malhotra, que se apresentou como um representante do ministério do Interior, solicitou à Suprema Corte que anulasse a decisão de descriminalizar as relações homossexuais, classificando-as de "não naturais", "propagadoras da Aids" e contrárias "à ordem social".

Em um comunicado, o ministério afirma que o governo "não tomou nenhuma posição sobre a homossexualidade" e que o Executivo não apresentará recurso contra a decisão judicial de descriminalizar as relações homossexuais.

Uma porta-voz do ministério do Interior, Ira Joshi, assegurou à AFP que provavelmente houve "um problema de comunicação", sem dar mais detalhes.

A Suprema Corte de Nova Délhi descriminalizou em 2009 as relações sexuais entre adultos do mesmo sexo em uma decisão histórica que pôs fim a uma legislação da época em que o país era uma colônia britânica (150 anos) que considerava a homossexualidade um crime.

Esta decisão da justiça foi bem recebida por organizações associativas e criticada por grupos religiosos.

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