Há bandeiras penduradas nos semáforos e o parlamento indiano foi iluminado. A Índia comemora hoje seu 70º aniversário de independência do Reino Unido. É esperado um grande discurso do primeiro-ministro Narendra Modi, primeiro mandatário que nasceu em uma Índia independente.

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Modi deve fazer seu discurso à nação no Forte Vermelho, um antigo monumento na cidade de Déli, onde o primeiro líder da Índia, Jawaharlal Nehru, viu descer a bandeira britânica e subir a bandeira indiana.

Sendo este seu quarto discurso do tipo desde que se tornou primeiro-ministro, Modi deve manter a tradição de usar a ocasião para falar sobre suas visões para o futuro do país.

É esperado que ele fale, entre outros assuntos, sobre a questão da Caxemira, região de conflito com os vizinhos do Paquistão, que celebraram ontem sua independência. A tensão com o Paquistão é tão latente que até hoje não há voos entre as capitais dos dois países.

Depois da cerimônia de hasteamento da bandeira, Modi deve sair em caravana pela cidade, altamente protegida por um efetivo de 9.100 policiais. Há um certo receio por parte do governo.

Recentemente a Índia realizou a compra de 22 drones no valor de 2 bilhões de dólares dos Estados Unidos, com o intuito patrulhar a costa indiana. A preocupação da Índia com segurança é crescente na medida que os conflitos entre hindus e muçulmanos têm atingido o radicalismo no país, até com o linchamento de pessoas que comem carne — as vacas são sagradas para os hindus. O terrorismo, inclusive, deve estar no discurso do primeiro-ministro.

Começando em 1947 após nada depois de 200 anos de uma gestão colonial, a Índia tem crescido de forma cada vez mais acelerada. Só no ano passado, o PIB indiano avançou 7,1%. Algo impensável para muitos críticos que acharam que as diferenças sociais e o sistema de casta fariam o país sucumbir após a saída do poder colonial. Ainda assim, a renda per capita do país de 1,3 bilhão de habitantes é cerca de um décimo da brasileira.