Imagem aérea mostra fumaça causada por incêndios florestais no Chile (Moises Catrilaf/National Institute of Agricultural Development(INDAP)/Handout/Reuters)
AFP
Publicado em 23 de janeiro de 2017 às 10h05.
O avanço das chamas mantém em suspense a zona centro-sul do Chile, afetada por mais de 40 incêndios florestais ativos que atingem 125.000 hectares, em sua maioria de vegetação, informou na noite de domingo o Escritório Nacional de Emergências (Onemi).
Nas últimas horas, os incêndios ativos passaram de 90.000 a 125.643,48 hectares, segundo o último balanço do Onemi.
No entanto, o ministro do Interior, Mario Fernández, se mostrou otimista sobre a diminuição da magnitude de alguns incêndios na região de O'Higgins (centro), a mais atingida.
"A situação continua sendo bastante grave, no entanto, tivemos uma leve melhora", comentou o funcionário.
Considerada a série de incêndios florestais mais destrutiva das últimas décadas, o governo somou mais zonas ao "estado de catástrofe" decretado na sexta-feira em duas comunidades do Maule e duas províncias da região de O'Higgins, depois de tomar a medida no último fim de semana para a comunidade de Valparaíso.
A presidente Michelle Bachelet decretou estado de exceção constitucional e catástrofe para "as províncias de Colchagua e Cardenal del Caro na Região de O'Higgins (centro); para as comunidades de Vichuquén, Cauquenes, Licantén e Hualañé na Região do Maule (centro), e para a comunidade de Bulnes, na Região do Biobío (sul)", disse a Onemi.
O estado de catástrofe permitiu que as Forças Armadas se somassem ao combate aos incêndios e a ampliação do uso de recursos econômicos e operacionais na zona.
Com 33 aeronaves, entre aviões e helicópteros, e cerca de 4.000 pessoas entre as diferentes equipes de emergência e apoio, trabalha-se dia e noite para manter as chamas longe da população.