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Incêndio em fábrica na Índia deixa ao menos 43 mortos e 16 feridos

As causas da tragédia são investigadas, e uma das hipóteses consideradas pelas autoridades é um curto-circuito no local

Incêndio na Índia: foram necessários 30 carros do corpo de bombeiros para controlar o fogo na fábrica (Adnan Abidi/Reuters)

Incêndio na Índia: foram necessários 30 carros do corpo de bombeiros para controlar o fogo na fábrica (Adnan Abidi/Reuters)

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EFE

Publicado em 8 de dezembro de 2019 às 10h40.

Última atualização em 8 de dezembro de 2019 às 11h50.

Nova Déli - Um incêndio provocado por um curto-circuito, de acordo com as primeiras investigações, ocorrido na madrugada neste domingo, causou a morte de 43 pessoas e deixou outras 16 feridas, em uma fábrica em Nova Déli, na Índia.

O dono da fábrica foi preso. A informação foi confirmada pela porta-voz da corporação, Monika Bhardwaj. O empresário, identificado como Rehan, e o gerente da empresa, foram detidos. Além disso, outras duas pessoas estão prestando depoimentos. O objetivo é encontrar o gestor de fato da fábrica.

De acordo com a agência de notícias indiana "ANI", os presos estão sendo acusados por provocar a morte de pessoas por negligência, o que pode resultar em penas de até dois anos de prisão.

"Os Bombeiros receberam telefonema por volta de 5h20 local (20h50 de ontem), que alertava sobre um incêndio na região de Anaj Mandi. Enviamos os primeiros caminhões, sendo que foram precisos 30", explicou Atul Garg, porta-voz da corporação, ao confirmar que o fogo já estava extinto no local.

Além dos 43 mortos e dos 16 feridos, a maioria que se recupera dos danos causados pela inalação de fumaça, outras 62 pessoas foram resgatadas de dentro da fábrica.

Garg explicou que muitos não conseguiram fugir do local porque estavam dormindo. Na Índia, é muito comum que trabalhadores passem as noites onde são empregados, para reduzir o custo do deslocamento, conforme apontou o próprio porta-voz dos Bombeiros.

Possível causa

O ministro da Aviação Civil da Índia, Hardeep Singh Puri, visitou a fábrica e afirmou que "a causa imediata" da tragédia foi um curto-circuito, embora tenha garantido que ainda espera as investigações para saber o que provocou o início do fogo.

O porta-voz dos Bombeiros, por sua vez, preferiu, em entrevista à Agência Efe, não apresentar nenhuma provável causa, mas lembrou que muitas indústrias estão instaladas em edifícios antigos, sem elementos de segurança contra incêndios.

Atenção às vítimas

O chefe do governo de Nova Déli, Arvind Kejriwal, esteve no hospital para visitar algumas das pessoas que se feriram e anunciou medidas de reparação para as vítimas e familiares, garantindo, inclusive, que o poder público pagará os custos médicos.

"Será paga uma indenização de 1 milhão de rupias (R$ 58,6 mil) para os familiares de cada pessoa que morreu e 100 mil rupias (R$ 5,8 mil) para cada um dos feridos. O valor do tratamento médico dos feridos será coberto pelo governo", garantiu o líder regional.

O Escritório do primeiro-ministro, Narendra Modi, utilizou o Twitter para anunciar que também será feito um pagamento por vítima, de 200 mil rupias (R$ 11,7 mil), e de feridos, de 50 mil rupias (R$ 2,9 mil).

"O incêndio de Anaj Mandi, em Déli, é extremamente horrível. Meus pensamentos estão com aqueles que perderam seus entes queridos. Desejo a todos os feridos uma rápida recuperação. As autoridades estão oferecendo toda a assistência possível no local da tragédia", escreveu o premiê da Índia.

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