Inauguração da estátua de Fawcett que traz o dizer: “A coragem chama a coragem em todos os lugares”, em 24 de abril de 2018. (Hannah McKay/Reuters)
Vanessa Barbosa
Publicado em 24 de abril de 2018 às 11h56.
São Paulo - No ano em que o Reino Unido celebra o direito das mulheres britânicas ao voto, instituído em 1918, a icônica Praça do Parlamento, coração político da região, recebe a primeira estátua de uma mulher.
A homenageada é Millicent Fawcett, uma das figuras que mais se destacou na luta pelo direito das mulheres ao voto no Reino Unido.
Em 1867, a sufragista lançou a União Nacional de Sufragistas Femininas, tendo lutado também pelo acesso à educação feminina.
Situada perto de várias atrações, como a Abadia de Westminster e as Casas do Parlamento, a praça possui 11 estátuas de figuras de estado britânicas e estrangeiras, todos homens, como Winston Churchill, Nelson Mandela e Gandhi. Agora, finalmente, recebe a de uma mulher.
Millicent Fawcett é representada com 50 anos, segurando um cartaz com o seguinte dizer: “A coragem chama a coragem em todos os lugares”, proferido por ela em discurso após a morte da sufragista Emily Davison, em 1913.
A escultura é assinada por outra mulher de destaque, a artista Gillian Wearing, ganhadora do prêmio Turner de arte contemporânea em 1997.
O feito é resultado de uma petição criada pela ativista feminista Caroline Criado Perez, que reuniu mais 85 mil assinaturas para instalação da estátua.
A ativista também liderou a campanha que levou o Banco da Inglaterra a estampar o rosto da autora do clássico livro "Orgulho e Preconceito", Jane Austen, nas notas de 10 libras britânicas em 2017.