As equipes tentam se proteger da ação bélica usando coletes e lençóis com a indicação que são da imprensa (Imad Lamloum/AFP)
Da Redação
Publicado em 24 de agosto de 2011 às 09h19.
Trípoli - Quase 30 jornalistas estrangeiros, incluindo o correspondente da AFP, permaneciam retidos nesta quarta-feira no hotel Rixos, que fica a um quilômetro do complexo residencial de Muammar Kadafi tomado pelos rebeldes.
Boa parte dos soldados armados que vigiavam os jornalistas no hotel Rixos desapareceram após o ataque ao quartel-general de Kadhafi, deixando para trás alguns homens armados à paisana.
Vestidos com coletes à prova de balas e capacetes, os jornalistas estão no primeiro andar do hotel. A energia elétrica foi restabelecida, mas não há serviço de água.
Os repórteres não sabem o que acontecerá nos próximos dias, caso os rebeldes se aproximem do hotel. Por isto, colocaram cartazes na fachada com as palavras "TV, Imprensa" "Imprensa. Não atirem".
Durante a manhã, alguns jornalistas tentaram sair do hotel, que fica no centro da cidade, e caminhar por alguns metros, mas os disparos começaram e homens armados ordenaram o retorno. Os repórteres também afirmaram ter visto francoatiradores.
Na terça-feira, o hotel foi alvo de balas perdidas no momento em que o QG de Kadhafi caiu nas mãos dos rebeldes.