Man Haron Monis era iraniano e acusado de dezenas de crimes na Austrália (Divulgação/Sheikhharon.com)
Da Redação
Publicado em 17 de dezembro de 2014 às 05h48.
Sydney - O Irã pediu que a Austrália extraditasse, há 14 anos, Man Haron Monis, o homem que manteve 17 pessoas como reféns por aproximadamente 17 horas em uma cafeteria em Sydney na última segunda-feira, um episódio que terminou com a morte do sequestrador, de dois reféns e mais seis pessoas feridas, informou nesta quarta-feira a imprensa local.
No entanto, a extradição não se concretizou devido à ausência de um tratado bilateral sobre essa questão entre os dois países.
Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã também disse que o estado psicológico de Monis foi discutido em várias oportunidades com as autoridades australianas, segundo a emissora local "ABC".
O chefe da polícia iraniana disse que Monis era requerido por fraude, que supostamente foi cometida quando administrava uma agência de viagens no Irã, antes de fugir para Austrália no final da década de 1990, acrescentou a fonte.
Monis, que obteve asilo político da Austrália em 2001, estava em liberdade condicional pelas suspeitas de envolvimento na morte de sua ex-esposa e também foi acusado de crimes sexuais. Além disso, ficou conhecido por enviar cartas ofensivas aos familiares de soldados mortos no Afeganistão.
"O sistema não funcionou com este indivíduo adequadamente, não há dúvida disso", admitiu o primeiro-ministro australiano, Tony Abbott.